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MPF defende manutenção do afastamento do governador Wilson Witzel

Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) -
Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC)

Do UOL, em São Paulo

01/09/2020 19h38Atualizada em 01/09/2020 21h43

O Ministério Público Federal (MPF) defendeu hoje a manutenção do afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). A manifestação foi enviada em memorial ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

De acordo com o MPF, a "continuidade da medida cautelar é necessária para assegurar a ordem pública, a instrução criminal, a aplicação da lei penal e, ao mesmo tempo, o Estado Democrático de Direito e os direitos e garantias fundamentais do investigado."

O MPF acredita que o relator do caso, Benedito Gonçalves, seguiu o que determina o Regimento da Corte. O memorial também aponta que já há uma primeira denúncia contra o governador do Rio, com elementos concretos de prova.

O MPF também defende que a Corte Especial referende o afastamento de Wilson Witzel do cargo de governador do Rio de Janeiro.

O ministro Benedito Gonçalves determinou o afastamento de Wilson Witzel do cargo de governador por 180 dias, em consequência das investigações da Operação Placebo.

Witzel foi denunciado pela PGR sob a acusação de ter montado um esquema que gerou o pagamento de R$ 554.236,50 em propina por empresários da saúde ao escritório de advocacia da primeira-dama, Helena Witzel — o que o governador nega ter cometido qualquer irregularidade.

Helena e outras sete pessoas também foram denunciadas pela Procuradoria pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Após o afastamento, Witzel disse haver possível "uso político" da Procuradoria contra seu governo.