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Com covid, chefe do Centro de Inteligência do Exército morre aos 53 anos

O general de brigada Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira  - Eduardo Maia/Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte
O general de brigada Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira Imagem: Eduardo Maia/Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte

Eduardo Militão e Carla Araújo

Do UOL, em Brasília

08/09/2020 17h40Atualizada em 08/09/2020 21h52

O chefe do CIE (Centro de Inteligência do Exército), general de brigada Carlos Augusto Fecury Sydrião, que estava internado com covid-19, morreu hoje aos 53 anos.

Em agosto Sydrião integrou a missão humanitária enviada ao Líbano, chefiada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB-SP) que manifestou em nota condolências à família do militar — que deixou esposa e três filhos.

Natural de Fortaleza, ingressou nas Forças Armadas em 1985, aos 18 anos. O general foi adido militar no Paraguai, atuou no Nordeste e no Batalhão de Polícia do Exército.

O CIE é um órgão de apoio direto ao comandante do Exército, Edson Pujol. Em nota, a Secretaria-Geral da força lamentou a morte de Sydrião e informou que "o corpo será cremado em cerimônia restrita aos familiares" no município de Valparaíso de Goiás (GO). A causa da morte não foi oficialmente informada.

Colegas do general também lamentaram a morte dele. O ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Sergio Etchegoyen, elogiou o profissionalismo de Sydrião. "É uma pena. Era moço, não tem idade para morrer. Era uma pessoa muito boa. Ele nos ajudou muito no trabalho de aproximação com o Paraguai, tanto militar quanto na área de inteligência."

O general Luiz Eduardo Rocha Paiva afirmou que seu filho, que é subcomandante, lidava muito com Sydrião. "Meu filho gostava muito dele, muito prático, tinha desempenho profissional muito bom, tanto que estava no CIE, um cargo de confiança do gabinete do comandante [do Exército]."

Os amigos afirmaram que Sydrião estava internado com covid-19 há alguns dias. Ele tinha problemas cardíacos. Quando voltou do Paraguai, teve que fazer tratamento do coração e incluir uma ponte de safena, disse Etchegoyen.

Em nota, o Batalhão de Polícia do Exército de Brasília disse que os integrantes do grupo "se solidarizam com os amigos e familiares deste oficial". "O general Sydrião deixa um grande legado de amor, amizade, camaradagem e profissionalismo."