Psol quer convocar ministro para esclarecimentos sobre apagão no Amapá

O Psol protocolou hoje um pedido de convocação para que o ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, preste esclarecimentos sobre o apagão que atinge o Amapá há quatro dias.

Segundo o requerimento, o ministro deve explicar as medidas administrativas que vem sendo adotadas para resolver a falta de energia elétrica em 13 dos 16 municípios do estado.

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O apagão afeta 89% da população, que lotou todos os hotéis que têm gerador próprio para dormir com alguma ventilação, luminosidade e serviços como internet. A falta de energia também atinge serviços essenciais como o abastecimento de água e fornecimento de internet.

O documento do Psol também ressalta que a convocação é urgente. "A realidade do Amapá, com relação às desigualdades do fornecimento de energia frente ao restante do Brasil, demanda que soluções, como a universalização do fornecimento de energia elétrica, sejam encaradas, para além da visão de mercado".

O partido ainda pede que o governo "assuma as rédeas do processo, colocando a energia elétrica no verdadeiro lugar de propulsora do desenvolvimento sustentável".

Hoje, o ministro Bento Albuquerque anunciou que a energia será restabelecida no Amapá em até dez dias, sem qualquer detalhamento do plano de contingência. O Psol também criticou a fala do ministro dizendo que é "inadmissível que um estado inteiro que já sofre com mais de 75 horas sem energia, continue por mais 10 dias sem luz".

O partido relembra que as concessionárias ainda devem indenizar os moradores pela falta de energia.

Incêndio em estação causou apagão

O sistema de telefonia também apresenta inconsistência em boa parte do estado devido à falta de energia. Muitas lojas do comércio estão com as vendas suspensas por problemas em seus sistemas.

Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), responsável pela transmissão de energia, o apagão ocorreu em virtude de um incêndio no transformador 1 da Subestação de Macapá, de propriedade da empresa LMTE, responsável pela energia no estado.

Por conta do incidente, o ministério instituiu um Gabinete de Gestão de Crise com participação também do ONS, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), da Eletrobras e da LMTE. A portaria ainda determina uma investigação sobre as responsabilidades do incidente.