'Nunca me importei com palácios', diz Witzel após Justiça manter despejo
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou hoje que voltar a morar ou não no Palácio Laranjeiras "não tem o menor significado" para ele e sua família. Mais cedo, o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio) negou um recurso para que ele retornasse à residência oficial do chefe do executivo fluminense.
"Nunca me importei com palácios. Minha luta, que esbarrou em interesses poderosos, foi para melhorar a vida das pessoas, começando pela melhoria da segurança pública", escreveu ele no Twitter.
Na segunda-feira (9), Witzel retornou com a família para sua antiga residência no Grajaú, uma casa de dois pisos e encoberta por um muro de mais de três metros de altura. Ele deixou o Palácio Laranjeiras após decisão de despejo no Tribunal Misto, que julga processo de impeachment contra ele.
A defesa de Witzel, no pedido feito ao TJ, alegou que o governador afastado corria risco de vida no Grajaú, bairro na zona norte da capital. Na decisão, o desembargador Antonio Iloizio Bastos disse que a alegação de "perigo contra a vida" demanda uma "prova real" por parte da defesa, o que não foi apresentado - e que, mesmo assim, o problema "poderia ser remediado sem necessariamente o uso e ocupação do Palácio das Laranjeiras".
"Deixo claro que voltar a morar ou não no Palácio Laranjeiras não tem o menor significado para mim e minha família. Depois de empossado, em 1° de janeiro de 2019, nós permanecemos morando em casa, no Grajaú, como sempre foi nosso desejo. A decisão de morar na residência oficial se deu depois e obedeceu a uma recomendação expressa da segurança. No entanto, considero fundamental o prosseguimento da ação no TJ, pois princípios caros ao devido processo legal e à Democracia podem ter sido violados pelo Tribunal Misto", continuou Witzel em sua postagem na rede social.
A saída do Palácio Laranjeiras
Por dez votos a zero, o Tribunal Misto formado para julgar o impeachment de Witzel aceitou na semana passada a denúncia aprovada pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e deu prosseguimento ao processo, além de reduzir em 33% o salário do governador afastado.
O mesmo tribunal aprovou naquela mesmo dia, mas pelo apertado placar de seis votos a quatro, o despejo de Witzel do Palácio Laranjeiras.
De início, a pedido de sua mulher, Helena Witzel, Wilson Witzel não recorreria ao despejo. Para a primeira-dama, querer voltar ao palácio poderia passar a imagem de que o governador afastado estava lutando na Justiça para manter regalias.
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