Esquecido por Bolsonaro, Daniel Silveira tem julgamento hoje na Câmara
A Câmara dos Deputados agendou para hoje, às 17h, o julgamento sobre a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). Enquanto isso, pelo segundo dia seguido, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Palácio do Planalto seguiram em silêncio sobre o até então aliado.
Na tradicional live de quinta-feira, Bolsonaro citou a PF apenas para falar de uma grande apreensão de cocaína e exaltou a redução dos impostos sobre bicicletas.
O dia de Silveira: prisão mantida, celulares apreendidos e transferência
Nesta quinta, o caso teve três novos desdobramentos importantes:
- em audiência de custódia, o juiz auxiliar Aírton Vieira, com a concordância da PGR manteve a prisão em flagrante do deputado e decidiu que só analisará a conversão da medida em prisão preventiva após o julgamento da Câmara;
- antes da audiência, a PF apreendeu dois celulares com o ex-PM, o que pode agravar a situação do deputado, pois a PF abriu uma investigação sobre como ele teve acesso aos aparelhos;
- após a decisão, Silveira foi transferido para uma cela especial em um batalhão da PM em Niterói.
Reuniões entre poderes contra nova crise
O dia também foi de muita articulação política sobre o caso para evitar uma nova crise institucional. O presidente da Câmara esteve com o presidente Bolsonaro de manhã, mas o teor da conversa não foi divulgado oficialmente, mas foi apurado que Arthur Lira (PP-AL) informou o presidente de que a prisão do deputado deverá ser mantida.
Logo cedo, Arthur Lira foi ao Twitter e não disse nem sim nem não sobre a prisão de Silveira, mas afirmou que "não haverá nunca crise entre as instituições". À noite, após reunião com o presidente do STF, Luiz Fux, que estaria previamente agendada, Lira disse que não há crise e que caberá à Câmara decidir sobre a prisão "soberanamente" e que o caso Silveira é "absolutamente fora da curva".
Mudança de clima sobre prisão em 24h
O clima político sobre a prisão de Silveira mudou da água para o vinho em 24h.
Enquanto na quarta, o prognóstico era de que a Câmara estudava relaxar a prisão de Silveira sem ferir o STF, convertendo a prisão em medidas restritivas com a condição de abrir processo no Conselho de Ética, hoje a tendência é de que a prisão seja mantida com eventual relaxamento sendo determinado posteriormente pelo STF.
O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM) chegou a dizer que o caso merece punição exemplar, com a suspensão ou cassação de Silveira, apesar de ainda ter dúvidas sobre se houve o flagrante.
* Com agências de notícias
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