Vereadores do Rio decidem hoje início do processo de cassação de Jairinho
A Câmara de Vereadores de Rio de Janeiro decide hoje sobre o início do processo de cassação do vereador Dr. Jairinho (sem partido), preso sob a acusação de assassinar o menino Henry Borel, de 4 anos.
Os sete membros do Conselho de Ética da casa irão se reunir para decidir sobre a elaboração de uma representação contra Jairinho. Esse é o primeiro passo para que ele tenha o mandato cassado.
Segundo fontes na Câmara consultadas pelo UOL, a tendência é que a decisão de prosseguir com a perda de mandato do vereador ocorra por unanimidade.
Caso seja aprovada, a representação será redigida à Mesa Diretora da Câmara e em seguida para a Comissão de Justiça e Redação, onde será avaliada a adequação do documento às leis e ao regimento interno da casa.
Na última quarta-feira (21), os membros do conselho fizeram uma reunião extraordinária, na qual tiveram acesso aos autos da investigação da morte de Henry.
Na ocasião, o presidente do Conselho de Ética, Alexandre Isquierdo (DEM-RJ), indicou que o humor da casa indica que Jairinho não escapará da cassação.
"Existe muita base, muita prova contra o vereador Jairinho. A tendência é que haja uma representação do conselho de ética por unanimidade", avaliou. "O sentimento na casa é que haverá uma grande maioria de votação a favor da cassação".
Derrotas em série na Câmara
Jairinho foi preso no dia 8 de abril, sob a acusação de assassinar Henry. Na mesma operação, a Polícia Civil também prendeu Monique Medeiros, mãe do menino e companheira do vereador.
Na madrugada de 8 de março, Jairinho e Monique chegaram com o menino já sem vida a um hospital particular do Rio de Janeiro. O laudo cadavérico feito no corpo de Henry no Instituto Médico-Legal mostra que ele sofreu hemorragia interna e laceração hepática por conta de uma ação contundente. Ele também sofreu uma lesão hemorrágica no crânio, entre outras lesões.
Assim que Jairinho foi preso, a Câmara anunciou que ele teria o pagamento de salário suspenso. Já no dia da prisão, diversos vereadores foram ao plenário demonstrar indignação com o possível crime cometido pelo colega e defenderam seu afastamento imediato do cargo.
Pouco depois, Jairinho também foi removido da Comissão de Justiça e Redação da Câmara. O argumento utilizado pela Mesa Diretora é que ele foi expulso do partido em que se elegeu, o Solidariedade, e por isso não teria vaga no órgão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.