Bolsonaro critica 'ataques contra Israel' e não cita o termo palestinos
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou "ataques contra Israel" sem, no entanto, citar o termo palestinos. Os confrontos entre os grupos armados palestinos e Israel se intensificaram e aumentaram a tensão na região da Faixa de Gaza — autoridades locais estimam em mais de 70 o número de mortos.
Três dias após o início dos confrontos, Bolsonaro usou as redes sociais para se manifestar. Até então não havia comunicado oficial do governo brasileiro sobre a situação na região.
"É absolutamente injustificável o lançamento indiscriminado de foguetes contra o território israelense. A ofensiva provocada por militantes que controlam a Faixa de Gaza e a reação israelense já deixaram mortos e feridos de ambos os lados", escreveu.
Além de citar as mortes em ambos os lados do conflito, Bolsonaro manifestou "apoio aos esforços em andamento para reduzir a tensão em Gaza". No entanto, não condenou os ataques israelenses a Gaza, que resultaram, inclusive, nas mortes de 16 crianças e um idoso. Também prestou condolências "às famílias das vítimas" e disse clamar "pelo fim imediato de todos os ataques contra Israel".
O presidente brasileiro é próximo ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em março deste ano, membros do governo Bolsonaro visitaram o país em busca do spray nasal e de vacinas contra a covid-19.
Temor internacional
Os confrontos entre os grupos armados palestinos na Faixa de Gaza e Israel preocupam a comunidade internacional. O enviado da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Oriente Médio, Tor Wennesland, falou sobre o risco de uma "guerra em larga escala".
Após os israelenses atacarem o edifício al-Shorouk, na cidade de Gaza, o Hamas lançou uma ofensiva de 130 foguetes contra Israel. Com estes, o número de projéteis disparados desde o início dos confrontos chegaria a cerca de 500.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a afirmar que Israel "tem o direito de se defender". No entanto, após falar com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, disse esperar que os confrontos com os palestinos acabem em breve.
Os EUA também mandaram um emissário do governo para a região, a fim de buscar vias de entendimento entre os líderes de ambas as partes.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.