CPI: Requerimento para ouvir Ricardo Barros será votado amanhã, diz Aziz
O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que a votação de novos requerimentos, entre os quais convites e convocações, como a do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), inicialmente prevista para hoje, acontecerá amanhã.
"(Ele) Barros se coloca à disposição para ir à CPI. O nome dele será votado amanhã, não será hoje. A votação dos requerimentos será amanhã", disse Aziz em entrevista à Globonews na manhã de hoje.
Ricardo Barros é apontado como suspeito de participação em suposto esquema de compra ilícita da vacina Covaxin — o que ele nega. Em depoimento à CPI, na semana passada, o deputado Luís Miranda (DEM-DF) disse que o presidente citou o nome de Barros quando foi informado por ele e por seu irmão, no dia 20 de março, sobre irregularidades envolvendo o contrato de R$ 1,6 bilhão assinado pelo ministério com a Precisa Medicamentos para a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana.
Entre os que requerimentos que constavam da pauta da audiência de hoje, estavam as convocações:
- do ministro da Defesa, Walter Braga Netto (ex-ocupante da pasta da Casa Civil);
- do ex-deputado federal Rogério Rosso (atual diretor de negócios da empresa União Química, parceira no Brasil da fabricante da vacina russa Sputnik V);
- e, entre outras testemunhas, de executivos da Precisa Medicamentos (empresa que intermediou o contrato para compra do imunizante indiano Covaxin).
CPI ouve deputado estadual do Amazonas
A comissão ouve hoje o deputado estadual do Amazonas Fausto Júnior (PRTB), que foi relator de uma Comissão Parlamentar de Inquérito instalada no Legislativo local para apurar indícios de corrupção e outros crimes praticados durante a pandemia, em 2020.
O deputado estadual Fausto comparece à CPI após requerimento sugerido pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), que faz parte da base governista. Aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) querem usar a audiência para obter mais informações a respeito de denúncias relacionadas à gestão de verbas federais destinadas a estados e municípios no enfrentamento à pandemia.
De acordo com o pedido de convocação do deputado, a comissão instalada na Assembleia Legislativa do Estado teria provas e elementos relevantes que mostram que, em conjunto, autoridades, servidores e representantes de empresas privadas desviaram dinheiro público e praticaram atos de corrupção.
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