PF abre inquérito contra Bolsonaro e oposicionistas falam em 'fim da linha'
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se tornou alvo de inquérito da Polícia Federal que investiga se houve ou não prevaricação nas negociações sobre a Covaxin, revelados na CPI da Covid, no Senado. Com o novo cenário, oposicionistas fizeram comentários nas redes sociais e chegaram a citar que esse é o "fim da linha" para Bolsonaro (veja abaixo).
O crime de prevaricação consiste na omissão de agentes públicos diante de atividades que deveriam ser executadas pelos seus cargos. O mesmo crime inclui o ato de retardar uma ação para satisfazer interesses pessoais.
No caso de Bolsonaro, a Polícia Federal investiga se ele foi, de fato, informado sobre o suposto esquema de superfaturamento na compra de imunizantes.
O caso será conduzido pelo Sinq (Serviço de Inquérito), setor da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, que cuida de apurações envolvendo pessoas com foro privilegiado.
Políticos de oposição se manifestam nas redes
O partido Novo declarou que a "grave acusação" sobre o presidente ter ciência sobre o suposto esquema de corrupção envolvendo a compra de vacinas contra a covid-19 deve ser investigado de forma "célere e sem interferências". Segundo a publicação no Twitter, o partido espera que a Justiça possa prevalecer.
Já o deputado federal pelo Ceará, José Guimarães (PT), considerou a medida como o "fim da linha" para o presidente. "Bolsonaro está cada vez mais encurralado. É o nosso dever continuar nas ruas exigindo a investigação de seus crimes", declarou o parlamentar.
Outro partido que se manifestou a respeito das investigações da PF foi o PSB. A sigla citou que as apurações têm origem nas declarações do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Covid e da cobrança do STF (Supremo Tribunal Federal) à PGR (Procuradoria-Geral da República) a respeito das manifestações da notícia-crime.
Já o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que desde o depoimento dos irmãos Miranda à Comissão Parlamentar de Inquérito que Bolsonaro "já fez de tudo, menos trabalhar e desmentir". "Bolsonaro cometeu crime", afirma o parlamentar.
Manuela D´Ávila, ex-vice presidenciável, declarou que "a casa está caindo" para o presidente.
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