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Clubes militares divulgam nota conjunta a favor do voto impresso

Clubes militares pedem aprovação da PEC do voto impresso, em discussão na Câmara - Ascom/TSE
Clubes militares pedem aprovação da PEC do voto impresso, em discussão na Câmara Imagem: Ascom/TSE

Do UOL, em São Paulo

02/08/2021 21h31Atualizada em 03/08/2021 10h32

Os clubes Naval, Militar e da Aeronáutica divulgaram hoje uma nota conjunta em que se posicionam a favor do voto impresso auditável, bandeira do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), "pelo bem do Brasil".

Eles defendem a aprovação da proposta de emenda constitucional que institui as urnas com impressoras, discutida por comissão especial no Congresso e quase derrotada antes do recesso parlamentar. As urnas eletrônicas em uso atualmente já imprimem boletins no início e no fim do dia da eleição.

O texto é assinado pelos presidentes das instituições, o almirante de esquadra Luiz Fernando Palmer Fonseca, o general de divisão Eduardo José Barbosa e o major-brigadeiro Marco Antonio Carballo Perez. Nele, eles põem em xeque a transparência da urna eletrônica, que classificam como "inescrutável caixa preta", e dizem que, como o processo é digitalizado, não há provas "visíveis e tangíveis"— o que impossibilitaria a apresentação de uma possível fraude.

O prazo final para a resolução desse imbróglio, visando as eleições de 2022, será outubro. Esperamos que não seja um outubro vermelho, mas sim verde e amarelo, pelo bem do Brasil."
Nota conjunta dos Clubes Militares

Os militares dizem ainda que o custo de implementação das impressoras e do transporte dos boletins não seria justificativa para colocar a matéria de lado.

"A justificativa de que, em face da pandemia, o gasto de três bilhões de reais com o custo da implementação das urnas eletrônicas com voto impresso auditável seria inadmissível não se sustenta, pois a lisura e a transparência do processo eleitoral - essenciais para uma salutar democracia - não tem preço, seja em que tempo for."

Na noite de hoje, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) encaminhou um pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que Bolsonaro seja investigado por disseminar notícias falsas.

O ofício, encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, inclui o link para a live de Bolsonaro na última quinta-feira. Nela, o presidente reciclou mentiras para atacar a confiabilidade do voto eletrônico e não apresentou as provas que havia prometido para as denúncias apresentadas.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.