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PF monitora ataques de Bannon, estrategista de Trump, a urnas, diz jornal

Steve Bannon, um dos arquitetos da vitória eleitoral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2016 - Alessandro Bianchi
Steve Bannon, um dos arquitetos da vitória eleitoral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2016 Imagem: Alessandro Bianchi

Colaboração para o UOL

24/08/2021 19h33

A Polícia Federal tem monitorado as ações de Steve Bannon, estrategista do ex-presidente americano Donald Trump, sobre as urnas, eleições e democracia brasileira, conforme mostrou o jornal O Estado de S.Paulo. Bannon tem atacado instituições brasileiras e suas ações miram o pleito de 2022.

Recentemente, a PF enviou um documento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no qual explica que bolsonaristas usam uma estratégia de comunicação semelhante à de Trump nas eleições de 2016. O método é, justamente, creditado a Bannon.

No Brasil, o filho do presidente da república, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PLS-SP), é o principal interlocutor do estrategista norte-americano. Bannon, inclusive, prestou consultoria informal ao parlamentar e apoiou a campanha presidencial de Bolsonaro em 2018.

O ex-conselheiro de Trump na Casa Branca - e um dos maiores gurus da direita atual - foi preso em 2020 nos EUA, sob a acusação de fraude. De acordo com a acusação, Bannon e os demais envolvidos teriam desviado o dinheiro doado durante as eleições, que seria usado para a construção de um muro na fronteira americana com o México, para gastos pessoais.

Recentemente, Eduardo Bolsonaro esteve com Bannon e o empresário Mike Lindell, outro importante nome das campanhas de fake news, durante um evento nos EUA. O encontro, em Dakota do Sul, foi marcado por teorias e desinformação sobre as eleições brasileiras.

De acordo com o Estadão, o filho de Bolsonaro discursou por cerca de 40 minutos e foi aplaudido pelo estrategista de Trump. Na fala, o brasileiro reproduziu ataques e informações falsas sobre as urnas eletrônicas. Bannon, então, reforçou as teorias conspiratórias dizendo que "não é só nos EUA" e que "Bolsonaro vai vencer" a disputa de 2022 pela presidência "a menos que seja roubado",