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Randolfe pede arquivamento do impeachment de Moraes: 'Inadequado'

7.jul.2021 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, durante sessão da comissão - Edilson Rodrigues/Agência Senado
7.jul.2021 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, durante sessão da comissão Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Colaboração para o UOL

24/08/2021 19h51

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) solicitou o arquivamento do pedido de impeachment contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), nesta terça-feira (24).

O pedido do vice-presidente da CPI da Covid ocorreu em sessão deliberativa, após os parlamentares aprovarem a recondução do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

"Se não fosse a total impertinência do presidente da República em se atentar a este assunto a esta altura, o pedido, ao que nos consta, é totalmente inadequado e fere o princípio básico da separação dos Poderes e do respeito às decisões judiciais", afirmou Randolfe.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entregou, na semana passada, o pedido de impeachment contra Moraes no Senado. As relações entre o chefe do Executivo e o ministro do STF se desgastaram nos últimos meses.

No pedido assinado pelo presidente, Alexandre de Moraes é questionado pela condução do inquérito das fake news — em 4 de agosto, o ministro do STF acolheu o pedido feito pelo TSE e incluiu Bolsonaro na investigação para apurar a disseminação de notícias falsas.

Em nota, o STF repudiou o presidente, disse que a democracia "não tolera que um magistrado seja acusado por suas decisões" e que Moraes irá aguardar a deliberação do Senado. Pacheco já declarou que analisará o pedido, porém indicou que não o levará adiante.

Para Randolfe, Bolsonaro deveria ter prioridades "muito maiores" do que tentar destituir um ministro da Corte. "É inadequado e inoportuno [o pedido de impeachment]. O presidente da República deveria ter — e tem — razões e motivos muito mais pertinentes para se preocupar", disse.