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'Alexandre de Moraes passou de todos os limites', diz deputado governista

Colaboração para o UOL

08/09/2021 09h36

O deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP) defendeu as posições do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas manifestações de ontem. Para o deputado, Bolsonaro nunca agiu fora da Constituição e não encorajou esse tipo de ação no discurso de ontem.

"O presidente disse que ou o chefe do Poder enquadra os seus ou o Poder sofre o que não queremos. O que quer dizer? Ele (Bolsonaro) conhece o processo democrático de destituir poder, no caso do STF (Supremo Tribunal Federal) há o pedido de impedimento, exatamente o que o presidente fez", afirmou ao UOL News.

"É ruim para Brasil o impeachment de qualquer pessoa exercendo cargo importante. Mas, no caso de Alexandre de Moraes, ele passou de todos os limites possíveis e ele de fato pode acabar sofrendo o que não queremos, um impeachment pelo Senado", disse o deputado.

Moraes simplesmente joga as pessoas na cadeia por questões políticas e ideológicas. Quem está sendo radical não é o presidente, são alguns ministros. O papel dos ministros é importante e o presidente entende isso".

Na análise de Garcia, não é Bolsonaro que perturba a aliança entre os Poderes da República. "Quando (Luís Roberto) Barroso determinou abertura da CPI (da Covid) apenas para encher o saco do governo federal, isso é tirar união de Poderes", falou.

Para o deputado governista, é "péssimo" para o país a criação de "narrativas". "Bolsonaro nunca defendeu o fechamento do STF, sempre trabalhou pelas vias democráticas e o impeachment de Moraes é exemplo", afirmou.

Segundo Garcia, quando o presidente encontra "um possível crime" ele aciona o Senado e cumpre as regras constitucionais. "Nada do que diz e fez foi fora da Constituição, falar que ele age de forma antidemocrática é dizer que o senado é antidemocrático", completou.

Sobre as manifestações de ontem o deputado afirmou que líderes de partidos de esquerda defenderam revolução armada e uma lógica de "nós contra eles" nos encontros contra Bolsonaro. "O PCB, Psol, PT, Unidade Popular, todos defendem atos não previstos na Constituição. É gravíssimo", disse.