Para derrotar 'Tucanistão', diz Boulos sobre pré-candidatura em São Paulo
Derrotado na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2020, Guilherme Boulos foi aprovado hoje em congresso do PSOL estadual como pré-candidato ao governo de São Paulo para as eleições de 2022. Agora, segundo Boulos, o objetivo é unir a esquerda para derrotar o "Tucanistão" — uma referência à hegemonia do PSDB no estado, governado pelo partido desde 1995.
"O congresso do PSOL-SP aprovou hoje nossa pré-candidatura ao governo do estado. Vamos buscar o diálogo necessário para a unidade do campo progressista que seja capaz de derrotar [Jair] Bolsonaro e o Tucanistão. Existe esperança em São Paulo!", escreveu o pré-candidato em uma rede social.
Boulos, que também foi candidato à presidência em 2018, foi superado no segundo turno das eleições de 2020 pelo então prefeito Bruno Covas (PSDB). Mesmo assim, o fato de ter alcançado quase 41% dos votos válidos e desbancado o candidato do PT, Jilmar Tatto, deu ao coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) força para concorrer como um candidato competitivo no ano que vem.
O psolista está no centro da articulação política de apoio ao PT nas eleições presidenciais do ano que vem, embora uma ala do partido ainda seja reticente em não ter candidato próprio no primeiro turno apenas para estabelecer uma aliança em torno da eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A pré-candidatura de Boulos em São Paulo, porém, ainda deverá ser discutida com o PT, que estuda lançar o ex-prefeito Fernando Haddad na disputa pelo governo.
"Oportunidade" para esquerda
Em julho, durante entrevista ao UOL News, Guilherme Boulos já havia dito que as eleições de 2022 podem trazer uma oportunidade para que partidos de esquerda ponham fim à hegemonia do PSDB no estado de São Paulo. Para o psolista, a rejeição ao governador João Doria (PSDB) e o racha interno no partido criam um cenário inédito para o ano que vem. (Assista abaixo)
A rejeição ao Doria é muito alta, e, pela primeira vez, os tucanos deverão estar divididos. Devemos ter o Doria e, possivelmente, o [ex-governador Geraldo] Alckmin, que vem do mesmo ninho, para disputar a eleição [para governador]. Isso abre uma oportunidade real para que a esquerda, o campo progressista, ganhe, pela primeira vez, o estado de São Paulo.
Guilherme Boulos, ao UOL News
Boulos ainda defendeu unidade na oposição e disse estar dialogando com outros partidos da esquerda e centro-esquerda — como PT, PCdoB, PDT, PSB e Rede — na tentativa de construir uma candidatura com apoio. Mas, ao ser questionado se abriria mão de sua candidatura para apoiar Fernando Haddad, ele afirmou que essa possibilidade ainda não foi colocada.
"Estamos construindo uma candidatura. Eu tenho trabalhado pela unidade, espero que a gente consiga viabilizar essa unidade, porque é ela quem vai nos dar melhores condições de derrotar tanto o bolsonarismo em São Paulo quanto o Tucanistão. Não faço isso por projeto próprio", explicou.
(Com Estadão Conteúdo)
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