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Presidente do Cidadania: Bolsonaro não é mocinho e ainda ameaça democracia

Colaboração para o UOL

13/09/2021 19h01

Roberto Freire, presidente do Cidadania, falou desconfiar do "recuo" dado por Jair Bolsonaro (sem partido) na semana passada. Segundo o líder do partido, o mandatário federal ainda tem agenda antidemocrática.

"Houve recuo, mas não vamos imaginar que Bolsonaro virou mocinho. Ele continua com as mesmas ideias de destruir a democracia", afirmou ao UOL News. A fala foi em referência à "Declaração à Nação", publicada por Bolsonaro e com co-autoria do ex-presidente Temer (MDB).

Segundo Freire, o trabalho da oposição é procurar "unidade para o impeachment e se quisermos ter eleições em 2022". O partido dele compareceu aos atos de ontem contra o presidente da República. "Qualquer manifestação contra Bolsonaro, conte com o Cidadania", disse Freire.

Para ele, o mais relevante agora é a oposição se unir. "Não vou procurar quem votou nele ou quem é contra há pouco tempo, porque ficar dividindo é trabalhar para o Bolsonaro. Isso não vai resolver nada e é mimimi", completou.

O líder do Cidadania disse que participará das novas manifestações contra o presidente. "A data de 2 de outubro é levantada pelo Direito Já, uma iniciativa civil, não é algo de PT e PSOL, já vem aí uma ideia hegemonista", afirmou.

Freire ressaltou que os atos de ontem tiveram participação do PSDB, que recentemente se declarou oposição de Bolsonaro. "Precisamos é derrotar Bolsonaro, venha o que vier. O Brasil precisa desse impeachment", disse.