'Atos de esquerda não têm estrutura faraônica', diz Boulos
O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, disse hoje que os atos da esquerda não se financiam por meio de estruturas faraônicas como os atos a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"Não tem essa estrutura faraônica das manifestações do Bolsonaro. O que você tem para financiar? Eventualmente, um caminhão de som que precisa ser alugado e uma estrutura de deslocamento de pessoas que vem de uma região mais distante. Isso é financiado desde vaquinhas organizadas pelos próprios membros e entidades que organizam o ato até com apoio das centrais sindicais", comentou Boulos, em entrevista ao UOL News, na manhã desta quinta-feira (16). "Uma coisa é usar dinheiro público, ter grandes entidades patronais, outra coisa é você alugar um caminhão de som", completa.
Segundo ele, movimentos como o MBL (Movimento Brasil Livre), que se mobilizaram no 12 de setembro, perderam a sua base social para o bolsonarismo. "O MBL teve seu papel naquela onda de impeachment da Dilma, mas hoje está na inanição. É um movimento com pouca expressão social. A esquerda precisa se focar numa ampliação que seja capaz de derrotar Bolsonaro".
"MBL e Vem Pra Rua têm pouca autoridade para liderar qualquer tipo de luta contra o Bolsonaro, pois aplicaram as mesmas táticas bolsonaristas, de fake News, de tentativas de desmoralização, de ataques rasteiros à esquerda...", completou.
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