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Kennedy: Ministro da CGU evoca estratégia olavista de ser agressivo na CPI

Colaboração para o UOL

21/09/2021 20h00

Em participação ao UOL News da noite de hoje, Kennedy Alencar comentou sobre o depoimento de Wagner do Rosário, ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), na CPI da Covid. Para Kennedy, Rosário evocou uma estratégia olavista de ser agressivo na sessão.

No final da tarde, o ministro disse que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) estava "totalmente descontrolada", o que elevou o clima de tensão do depoimento. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), teve de encerrar a oitiva.

Segundo Kennedy, o depoimento do ministro foi "truculento". "Ele não se comportou como militar, e sim miliciano, e o [depoimento] não está à altura do cargo que ele ocupa", disse.

"Ele adotou uma estratégia de confronto ao longo de todo o depoimento, mas na questão da Simone Tebet, ele copiou o Bolsonaro, que é misógino e machista."

Antes das palavras machistas contra a senadora, o ministro havia sido questionado por ela sobre a atuação da CGU ao longo das negociações da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde, envoltas em suspeitas de irregularidades.

Simone afirmou que a imprensa apontou irregularidades antes da CGU e disse parabenizar o "trabalho do órgão, mas não o trabalho do ministro".

"Simone Tebet foi muito inteligente. Ela mostrou a diferença entre o corpo técnico da CGU, que agiu corretamente em procedimentos de investigação e acompanhamentos de contratos, mas disse que não defenderia ele. Ela mostrou que ele foi passar pano, e ele se apressou em dizer que estava tudo legalmente correto, defendendo o Ministério da Saúde e o Bolsonaro", avaliou Kennedy.

"E ela lembrou que ele não é advogado-geral da União, tampouco advogado pessoal do presidente. Ele é um xerife do governo, que tem de fazer um acompanhamento interno do governo."