Bolsonaro ironiza possível panelaço e trata como ato favorável ao governo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou, na manhã de hoje (31), um vídeo em suas redes sociais em que ironiza um possível panelaço durante o pronunciamento que fará às 20h30, em rede nacional de rádio e televisão.
"Estou convocando toda a esquerda do Brasil para fazer um panelaço, bem grande, para comemorar três anos sem corrupção", disse o presidente, em conversa com apoiadores.
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República havia anunciado nesta quinta (30) que Bolsonaro fará um pronunciamento de seis minutos. Ainda não foi divulgado o conteúdo.
O panelaço contra o presidente vem sendo convocado desde então nas redes sociais.
Por outro lado, políticos que apoiam Bolsonaro engrossam a provocação feita pelo presidente.
Apesar da provocação do presidente, o governo de Bolsonaro vem enfrentando denúncias de suspeitas de corrupção. Um dos casos de maior rumor envolve a compra de vacinas.
O presidente é alvo de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal) por prevaricação no caso Covaxin. O inquérito nasceu de uma acusação feita durante a CPI da Covid, no final de junho, pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor Luis Ricardo Miranda. Aos senadores, eles disseram terem alertado Bolsonaro pessoalmente, em encontro no Palácio da Alvorada, sobre irregularidades na compra da vacina, sem que o chefe do Executivo tivesse tomado medidas para acionar investigações.
A CPI da Covid também abordou a oferta de vacinas pelo cabo da PM Luiz Paulo Dominghetti, que acusou o então diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias de ter cobrado propina na negociação dos imunizantes, que acabou não se concretizando.
Outro caso de repercussão é o das chamadas emendas secretas do orçamento, usadas sem transparência para que políticos que apoiam o governo possam efetuar repasses a municípios de suas bases eleitorais.
Há outras suspeitas que não têm relação direta com o governo, mas atingem a família Bolsonaro, como as denúncias de "rachadinha" envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) quando era deputado estadual no Rio e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), ambos filhos do presidente.
Neste fim de ano, Bolsonaro também vem sendo alvo de críticas por sua atuação diante das chuvas que deixaram milhares de desabrigados na Bahia. O presidente está de folga em Santa Catarina e recusou o envio de 10 homens pela Argentina alegando que, no momento, o auxílio do país vizinho não era necessário.
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