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Congolês assassinado: Damares diz que ministério acompanha caso

Damares Alves é ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos - Reprodução/Instagram @damaresalvesoficial1
Damares Alves é ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Imagem: Reprodução/Instagram @damaresalvesoficial1

Do UOL, em São Paulo

02/02/2022 15h44Atualizada em 02/02/2022 17h21

A atual ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, escreveu hoje no Twitter que ela e sua pasta estão acompanhando a investigação do assassinato do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, 24, no Quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, mas trabalham "em silêncio".

A afirmação ocorre após críticas pela ausência de pronunciamentos sobre o caso pela pasta de Damares e pelo governo federal. Políticos de diversos partidos já se manifestaram nas redes sociais pedindo justiça pela morte do jovem desde o último final de semana, quando o crime foi divulgado.

O jovem foi espancado por um grupo de homens na última segunda-feira (24).

"Não dá pra vir pra rede social o tempo todo falar tudo o que estamos fazendo. Trabalhamos em silêncio, mas trabalhamos", escreveu a ministra do governo Bolsonaro ao compartilhar uma thread da pasta que informava que eles pediram informações da investigação à Polícia Civil do Rio.

E a ministra completou: "Nosso ministério acompanha o caso e espera apuração rigorosa desse crime brutal. Aproveito para me solidarizar com a família e toda a comunidade congolesa residente no Brasil".

Posicionamento do Ministério de Damares

A conta oficial do ministério de Damares no Twitter informou que a SNPIR (Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), que faz parte da pasta, pediu ontem informações sobre a investigação do assassinato do jovem à Polícia Civil do Rio de Janeiro e à Delegacia de Homicídios.

"No ofício enviado às autoridades, a SNPIR manifesta preocupação com o ocorrido e afirma que acompanhará diariamente a apuração dos fatos. O objetivo, segundo o documento, é 'garantir assim o resguardo dos direitos humanos, bem como ofertar à família da vítima e à sociedade brasileira uma resposta imediata que não aponte para a impunidade dos violadores que vitimaram o jovem'", escreveu a pasta.

Segundo a pasta, a expectativa é que o secretário-adjunto da SNPIR Esequiel Roque viaje até o Rio na próxima semana para acompanhar de perto as investigações do caso. Roque disse que o "órgão espera uma apuração rigorosa e célere do crime, e que os responsáveis sejam devidamente punidos no rigor da lei".

"Temos que repudiar esse ato brutal e esperar nada menos do que uma punição exemplar. Em nome do ministério, nos solidarizamos com os familiares e amigos, bem como com toda a comunidade congolesa do Brasil", declarou.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.