PTB-SP ameaça punir filiado que defender obrigatoriedade da vacina
O diretório paulista do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) ameaçou punir filiados caso eles defendam a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19. A resolução, divulgada ontem, é voltada principalmente para os políticos que tenham mandato pela sigla, e não cita diretamente qual seria a penalidade.
"Para o PTB-SP, a liberdade é um princípio inegociável! Enquanto eu estiver presidindo o PTB-SP, nossa posição será sempre a favor da liberdade do cidadão em decidir quais substâncias deve permitir que sejam inoculadas em seu corpo", escreveu o presidente estadual da sigla, Otávio Fakhoury, Twitter.
Na nota do partido em SP, assinada por Fakhoury, ele justifica a decisão como uma maneira de "preservar os direitos" de quem não deseja "se submeter de forma voluntária à vacina ainda em caráter experimental". O presidente estadual da sigla também cita "diversos relatos, inclusive, de maus súbitos, AVCs, tromboses e muitos outros efeitos colaterais" para justificar a posição da legenda.
Na resolução, o PTB-SP orienta a base partidária para que votem "favoravelmente em projetos de lei que sejam contra a obrigatoriedade vacinal e/ou que implique em restrição de direitos, sob pena de aplicação de sanções". Também indica que os membros do partido devem votar "contra" os projetos que proponham a "obrigatoriedade vacinal".
Apesar das afirmações de Otávio Fakhoury e do PTB-SP, é falso dizer que as vacinas contra a covid-19 sejam experimentais. Segundo comunicado divulgado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 30 de setembro de 2021, as vacinas em uso no Brasil não são experimentais. Os imunizantes tiveram seus dados de eficácia e segurança avaliados e aprovados pela agência reguladora, com o uso dentro das indicações aprovadas.
"Todas as vacinas em uso no Brasil tiveram condução de estudo de fase três de pesquisa clínica e já encerraram esta etapa", afirma o comunicado.
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