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Casos de violência contra políticos crescem 48,7% no Brasil no 1º trimestre

Estátua simbolizando a Justiça em frente à sede do STF na praça dos Três Poderes em Brasília - Folhapress
Estátua simbolizando a Justiça em frente à sede do STF na praça dos Três Poderes em Brasília Imagem: Folhapress

Do UOL, em São Paulo

18/04/2022 18h00

Dados do Observatório da Violência Política e Eleitoral, da UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), mostram que casos de violência contra políticos aumentaram 48,7% no primeiro trimestre de 2022 em comparação ao último trimestre de 2021.

Foram registrados 113 casos de violência. O estado com maior número de registros foi o Rio de Janeiro, com 14 casos, seguido, respectivamente, por Bahia, Pará e São Paulo.

Em 23 estados, há registro de pelo menos um episódio. Amapá, Distrito Federal, Piauí e Santa Catarina não foram associados a nenhum caso de agressão a políticos.

Entre todas as formas de violência, os homicídios foram contabilizados 21 vezes, sendo 6 deles apenas na Bahia, estado com maior número de assassinatos.

O PT foi o partido mais atingido por episódios violentos, com 10 casos. Outros 22 partidos também foram vítimas.

O levantamento da UNIRIO é feito desde janeiro de 2019. Desde então, foram registrados 1.108 casos de violência política.

Tipos de violência e principais alvos

A pesquisa entende por violência as ameaças, homicídios, atentados, agressões e até mesmo homicídio e atentado contra membros da família de um político.

Entre esses subtipos, as ameaças lideraram entre as formas de violência no primeiro trimestre deste ano, com quase metade (46%) dos casos. Os homicídios figuram na segunda colocação.

Pessoas com cargos municipais são as principais vítimas de violência, com vereadores representando 40% desses casos no país, seguidos de deputados estaduais e prefeitos. Se somados, porém, todos os cargos municipais representam 62,8% de todos os episódios violentos.

Com a aproximação do período eleitoral, já foram registrados dois casos contra pré-candidatos à Presidência, dois contra pré-candidatos a governador e um contra um pré-candidato a deputado federal.

80,5% das vítimas eram homens, mas há um aumento de 3,7 pontos percentuais da violência contra as mulheres com relação ao trimestre anterior.