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Governador de PE diz não politizar tragédia e esperar ajuda de Bolsonaro

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), em foto de arquivo de 2019 - Valter Campanato/Agência Brasil
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), em foto de arquivo de 2019 Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

31/05/2022 21h39

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse não querer "politizar" a tragédia causada pelas chuvas intensas desde o último fim de semana no estado, apesar de ter falado que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um "ato político" ao visitar o Recife ontem.

"Foi uma tragédia muito grande que afetou a vida das pessoas, pernambucanos, e não vou deixar politizar uma tragédia como essa num momento tão difícil que passa o nosso povo", afirmou em entrevista hoje à CNN Brasil. O balanço mais recente da Defesa Civil do estado contabiliza 106 mortos, oito desaparecidos e 6.198 desabrigados. Ao menos 24 cidades decretaram situação de emergência.

Mesmo tendo dito não querer politizar, Câmara criticou a visita de Bolsonaro ontem à capital pernambucana. "Ele chegou ao Recife, fez um sobrevoo nas áreas atingidas, fez uma coletiva e voltou a Brasília", disse.

Novamente, o governador reforçou que não foi convidado pelo presidente para uma reunião e não recebeu "comunicação oficial" da visita, mas que "toda ajuda é bem-vinda [...] o embate vem de uma questão e um ato político que o presidente fez ao chegar aqui".

Na passagem pelo Recife, Bolsonaro afirmou que "faltou iniciativa" do governo pernambucano.

"Em todos os momentos que os governadores nos procuraram ou prefeitos, nós atendemos. Eu acho que faltou iniciativa da parte dele também. Aqui ninguém está proibido de comparecer nesse local, nesse momento", disse durante coletiva de imprensa. "Se o governador estava fazendo outra coisa, não sei, talvez ache melhor não estar presente aqui. Mas a gente não vai politizar essa questão".