PGR acionou PF contra grupo que pediu a Aras inquérito sobre bolsonaristas
A PF (Polícia Federal) produziu, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), relatório sobre a conduta de brasileiros que cobraram que o procurador-geral Augusto Aras recomende a abertura de processos contra aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) que são alvos de representações no STF (Supremo Tribunal Federal). A praxe é que a Corte submeta pedidos de investigação ao órgão, que pode recomendar o arquivamento ou o prosseguimento do caso.
O MPF (Ministério Público Federal) analisa o conteúdo do material. A informação, noticiada ontem pela Folha de S.Paulo, foi confirmada hoje ao UOL.
O processo foi aberto depois que o PGR foi abordado por um grupo de brasileiros quando esteve de férias em Paris (França), em abril deste ano. No vídeo, que circula nas redes sociais, um homem cobrava investigações sobre supostas irregularidades no MEC (Ministério da Educação). "Procurador, vamos investigar o bolsolão do MEC? Dar rolezinho em Paris é legal, e abrir processo? Vamos lá investigar ou vai continuar engavetando? Vamos lá fazer seu trabalho, procurador?", disse um homem.
Em áudio vazado em março, o então ministro da Educação Milton Ribeiro afirma que prioriza o repasse de verbas a municípios indicados por religiosos, a pedido de Bolsonaro. Após a divulgação do registro, Milton pediu demissão da pasta. O PGR disse não ver motivos para investigar Bolsonaro no caso.
Em Paris, Aras também foi cobrado sobre a aprovação da compra de mais de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas. "Vamos investigar o Bolsonaro gastando milhões em Viagra no Exército. Cadê a investigação, procurador? Aqui em Paris não tem nada para encontrar, pode deixar que a gente procura. Tem que procurar em Brasília. Tudo por uma vaga no STF, né?", provoca outro homem.
O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, afirmou em audiência na Câmara dos Deputados que houve "lisura e transparência" nas compras de medicamento e próteses penianas pela pasta. O assunto, que é investigado no TCU (Tribunal de Contas da União), veio à tona no início de abril por meio de parlamentares da oposição, que suspeitam de superfaturamento nos contratos.
Procurada pelo UOL, a PGR afirmou que não tem informações sobre o processo e não comentou o caso.
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