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Ciro e Tebet assinam carta pela democracia: 'Se somem a esse movimento'

Os presidenciáveis Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) - Wilton Junior e Vinícius do Prado/Agência Estado
Os presidenciáveis Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) Imagem: Wilton Junior e Vinícius do Prado/Agência Estado

Do UOL, em São Paulo

29/07/2022 17h32Atualizada em 29/07/2022 17h51

Os presidenciáveis Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) assinaram hoje a carta em defesa da democracia. Lançada na última terça-feira (26) por juristas e pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), o documento já conta com mais de 460 mil assinaturas.

A lista inclui o registro de vários setores da sociedade civil. Entre as adesões estão empresários, associações, centrais sindicais, figuras do meio artístico e intelectuais, além de ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Simone Tebet disse que assinou a carta "com alegria e convicção". Para a senadora, a sociedade civil deve declarar "seu apreço e crença permanente na democracia e no respeito à Constituição Federal". "Convido a todos que se somem a esse movimento", escreveu.

Pelas redes sociais, Ciro incentivou que "todos façam o mesmo". Para o pré-candidato ao Planalto, é importante mostrar ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos que "ameaçam o estado democrático" que "estamos juntos".

As 100 mil primeiras assinaturas foram atingidas em 24 horas após a publicação do manifesto, que é inspirado em uma Carta pela Democracia de 1977, na época um texto de repúdio ao regime militar redigido pelo jurista Goffredo Silva Telles.

Nome de Bolsonaro 'aparece' na lista e é retirado

O nome do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi adicionado à lista, mas logo foi retirado. A assinatura aparecia também com "ditador supremo", segundo Thiago Pinheiro Lima, um dos organizadores do texto, tratava-se de uma fraude.

"Não foi ataque hacker. Foi alguém que usou os dados corretos do Presidente da República, mas [o nome] já foi excluído do sistema", explicou.

Em nota divulgada hoje, a Faculdade de Direito da USP informou que, apenas no período da manhã desta sexta-feira (29), foram 2.400 tentativas de ataques ao site que reúne as assinaturas. Todas elas, no entanto, foram frustradas, e "estão sendo monitoradas pela equipe técnica da USP, bem como pela equipe técnica responsável pela coleta de assinaturas".

Bolsonaro, na verdade, ironizou a carta por mais de uma vez nesta semana. O presidente disse que não precisa de nenhuma "cartinha" para expor respeito aos valores democráticos, e também afirmou que não oferece ameaça à democracia. Em outro momento, disse não entender a motivação para os documentos.

No fim da noite de ontem, em publicação nas redes sociais, Bolsonaro disse que é "a favor da democracia". Em um breve texto, o mandatário escreveu o que seria uma carta assinada por ele com o título "Carta de manifesto em favor da democracia". O comunicado tem uma frase: "Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia".