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Quaest: cresce confiança nas urnas, apesar de ataques de Bolsonaro

Urna eletrônica modelo 2020 (UE 2020) será usada pela primeira vez em 2022 - Divulgação/TSE
Urna eletrônica modelo 2020 (UE 2020) será usada pela primeira vez em 2022 Imagem: Divulgação/TSE

Do UOL, em São Paulo

04/08/2022 14h39Atualizada em 04/08/2022 14h39

Quaest - Pesquisa confiável -  -

Pesquisa Quaest, contratada pela Genial Investimentos e divulgada hoje, aponta que cresceu o número de eleitores que confiam nas urnas eletrônicas mesmo após ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL), que repete suspeitas infundadas sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro.

Em agosto, 46% declararam confiar nas urnas eletrônicas, seis pontos percentuais acima do registrado em maio, quando o número foi de 40%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo a sondadem da Quaest, 30% dos eleitores dizem confiar um pouco nas urnas eletrônicas, ante 35% em maio. Outros 21% dizem não confiar — esse percentual era de 22% em maio.

A pesquisa aponta ainda que 3% não sabem ou não responderam se confiam ou não nas urnas. O resultado foi o mesmo em maio.

A pesquisa da Quaest fez 2.000 mil entrevistas presenciais entre 28 e 31 de julho com eleitores de 16 anos ou mais. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-02546/2022 e custou R$ 139.005,86.

Veja o resultado a seguir:

Em agosto

  • Confia muito: 46%
  • Confia um pouco/mais ou menos: 30%
  • Não confia: 21%
  • Não sabe/não respondeu: 3%

Em maio

  • Confia muito: 40%
  • Confia um pouco/mais ou menos: 35%
  • Não confia: 22%
  • Não sabe/não respondeu: 3%

Entre eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o percentual de eleitores que confiam muito nas urnas é de 60% ante 26% dos eleitores de Bolsonaro.

Entre os que dizem votar em Bolsonaro, 41% declaram confiar pouco nas urnas eletrônicas. Outros 32% dizem não confiar.

Veja os resultados a seguir:

Entre eleitores de Lula

Em agosto

  • Confia muito: 60%
  • Confia um pouco/mais ou menos: 24%
  • Não confia: 13%
  • Não sabe/não respondeu: 3%

Em maio

  • Confia muito: 49%
  • Confia um pouco/mais ou menos: 32%
  • Não confia: 16%
  • Não sabe/não respondeu: 4%

Entre eleitores de Bolsonaro

Em agosto

  • Confia muito: 26%
  • Confia um pouco/mais ou menos: 41%
  • Não confia: 32%
  • Não sabe/não respondeu: 2%

Em maio

  • Confia muito: 23%
  • Confia um pouco/mais ou menos: 41%
  • Não confia: 35%
  • Não sabe/não respondeu: 1%

A pesquisa também perguntou o que o presidente Bolsonaro deve fazer se perder as eleições: 83% dizem que ele deve aceitar a derrota, 11% acreditam que ele deve questionar o resultado. Não sabem ou não responderam são 6%.

Entre os eleitores de Bolsonaro, 68% dizem que ele deve aceitar o resultado, mas 25% afirmam que o resultado deve ser questionado. Outros 7% não sabem ou não responderam.

Em julho, o presidente Jair Bolsonaro reuniu um grupo de embaixadores no Palácio da Alvorada, em Brasília, para atacar o processo eleitoral do Brasil. Nunca houve fraude comprovada nas eleições brasileiras desde a adoção da urna eletrônica.

Sobre o instituto

O Quaest é um instituto de pesquisas com sede em Belo Horizonte. Até 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empresa realizava pesquisas eleitorais só em Minas Gerais. Hoje, faz levantamentos sobre intenções de voto para presidente, governador e para o Senado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. O instituto tem uma parceria com a Genial Investimentos, a qual financia levantamentos para as eleições de 2022. As pesquisas são realizadas com entrevistas presenciais.