Quaest: cresce confiança nas urnas, apesar de ataques de Bolsonaro
Pesquisa Quaest, contratada pela Genial Investimentos e divulgada hoje, aponta que cresceu o número de eleitores que confiam nas urnas eletrônicas mesmo após ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL), que repete suspeitas infundadas sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro.
Em agosto, 46% declararam confiar nas urnas eletrônicas, seis pontos percentuais acima do registrado em maio, quando o número foi de 40%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo a sondadem da Quaest, 30% dos eleitores dizem confiar um pouco nas urnas eletrônicas, ante 35% em maio. Outros 21% dizem não confiar — esse percentual era de 22% em maio.
A pesquisa aponta ainda que 3% não sabem ou não responderam se confiam ou não nas urnas. O resultado foi o mesmo em maio.
A pesquisa da Quaest fez 2.000 mil entrevistas presenciais entre 28 e 31 de julho com eleitores de 16 anos ou mais. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-02546/2022 e custou R$ 139.005,86.
Veja o resultado a seguir:
Em agosto
- Confia muito: 46%
- Confia um pouco/mais ou menos: 30%
- Não confia: 21%
- Não sabe/não respondeu: 3%
Em maio
- Confia muito: 40%
- Confia um pouco/mais ou menos: 35%
- Não confia: 22%
- Não sabe/não respondeu: 3%
Entre eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o percentual de eleitores que confiam muito nas urnas é de 60% ante 26% dos eleitores de Bolsonaro.
Entre os que dizem votar em Bolsonaro, 41% declaram confiar pouco nas urnas eletrônicas. Outros 32% dizem não confiar.
Veja os resultados a seguir:
Entre eleitores de Lula
Em agosto
- Confia muito: 60%
- Confia um pouco/mais ou menos: 24%
- Não confia: 13%
- Não sabe/não respondeu: 3%
Em maio
- Confia muito: 49%
- Confia um pouco/mais ou menos: 32%
- Não confia: 16%
- Não sabe/não respondeu: 4%
Entre eleitores de Bolsonaro
Em agosto
- Confia muito: 26%
- Confia um pouco/mais ou menos: 41%
- Não confia: 32%
- Não sabe/não respondeu: 2%
Em maio
- Confia muito: 23%
- Confia um pouco/mais ou menos: 41%
- Não confia: 35%
- Não sabe/não respondeu: 1%
A pesquisa também perguntou o que o presidente Bolsonaro deve fazer se perder as eleições: 83% dizem que ele deve aceitar a derrota, 11% acreditam que ele deve questionar o resultado. Não sabem ou não responderam são 6%.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 68% dizem que ele deve aceitar o resultado, mas 25% afirmam que o resultado deve ser questionado. Outros 7% não sabem ou não responderam.
Em julho, o presidente Jair Bolsonaro reuniu um grupo de embaixadores no Palácio da Alvorada, em Brasília, para atacar o processo eleitoral do Brasil. Nunca houve fraude comprovada nas eleições brasileiras desde a adoção da urna eletrônica.
Sobre o instituto
O Quaest é um instituto de pesquisas com sede em Belo Horizonte. Até 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empresa realizava pesquisas eleitorais só em Minas Gerais. Hoje, faz levantamentos sobre intenções de voto para presidente, governador e para o Senado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. O instituto tem uma parceria com a Genial Investimentos, a qual financia levantamentos para as eleições de 2022. As pesquisas são realizadas com entrevistas presenciais.
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