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Em 4 anos, Aécio Neves declara ter perdido mais de R$ 4 milhões em bens

9.jun.2021 - O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), durante sessão na Câmara - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
9.jun.2021 - O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), durante sessão na Câmara Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

09/08/2022 18h15

O deputado federal Aécio Neves (PSDB), candidato à reeleição por Minas Gerais, declarou à Justiça Eleitoral o valor total de R$ 1,9 milhão em bens, como imóveis, carros, aplicações financeiras e outros investimentos.

O montante é R$ 4,2 milhões a menos, se comparado ao valor informado na eleição de 2018, quando o tucano contabilizou R$ 6,1 milhões em bens. Já em 2014, quando foi candidato a presidente da República e perdeu para Dilma Rousseff (PT), Aécio informou o valor total de R$ 2,5 milhões em bens.

No início do mês, Aécio Neves desistiu de se candidatar ao Senado e anunciou, então, que será candidato à Câmara novamente. O político mineiro aparecia liderando as pesquisas ao Senado pelo estado.

O objetivo, segundo explicou, é fortalecer a candidatura do ex-deputado Marcus Pestana (PSDB) ao governo de Minas. O candidato a vice ainda não foi definido, mas o vereador Bruno Miranda (PDT) vai compor a chapa como candidato ao Senado.

"A partir de uma ampla reflexão que nós fizemos, optei por fortalecer a candidatura do companheiro Marcus Pestana, fortalecendo a nossa aliança que já existe na federação com o Cidadania, agora também com o PDT. E, nesse momento, estou abrindo mão da disputa pelo Senado para que o PDT, através do vereador Bruno Miranda, possa ocupar essa vaga", afirmou, na ocasião.

Ontem, o procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou uma manifestação ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que a corte recusasse uma denúncia oferecida pela PGR (Procuradoria-Geral da República), em 2020, contra Aécio Neves.

Na época, o parlamentar foi acusado de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de capitais, a partir de delações e depoimentos no caso da Odebrecht, um dos desdobramentos da Operação Lava Jato.

Aras argumentou que o deputado e outros quatro acusados não podem mais responder aos delitos, devido a uma mudança na Lei Anticrime, que "introduziu a impossibilidade de que seja recebida a denúncia (ou a queixa-crime) com base exclusivamente nas declarações do colaborador".