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Lula lidera, mas Bolsonaro cresce em SP: o que apontam pesquisas da semana

Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) - Ricardo Stuckert e Alan Santos/PR
Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) Imagem: Ricardo Stuckert e Alan Santos/PR

Do UOL, em São Paulo

13/08/2022 04h00Atualizada em 16/08/2022 17h38

Três pesquisas eleitorais sobre a corrida presidencial divulgadas esta semana trazem novidades de como se desdobra, em estados-chave, a disputa pelo Palácio do Planalto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já comandou o País duas vezes consecutivas, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição para seu segundo mandato, continuam aparecendo como primeiro e segundo colocados, respectivamente - mas os dados apontam um estreitamento da diferença entre eles em alguns cenários.

Na segunda-feira (8), o instituto FSB divulgou sondagem contratada pelo banco BTG Pactual realizada em todo o território nacional, apontando o petista líder nas intenções de voto.

Já na quinta (11) e sexta-feira (12), a consultoria Quaest divulgou duas pesquisas contratadas pela corretora Genial Investimentos que mediu o desempenho dos presidenciáveis em São Paulo e Minas Gerais.

Veja a seguir os principais destaques dos levantamentos:

Em território nacional, Lula tem vantagem de sete pontos sobre Bolsonaro, aponta a FSB. Segundo a pesquisa, o petista lidera com 41% na sondagem estimulada —quando os entrevistados recebem uma lista prévia de candidatos. O atual chefe do Executivo registrou 34%.

Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) empataram tecnicamente, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, com o ex-ministro ficando com 7% e a senadora, 3%.

Lula manteve distância de sete pontos na sondagem estimulada, apontou o levantamento da FSB, registrando 38% das intenções de voto. Bolsonaro ficou com 31%; Ciro, 3%; e Tebet, 1%. Os demais candidatos citados somaram, juntos, 2%.

O ex-presidente venceria todos os seus adversários nas simulações de segundo turno feitas contra Bolsonaro, Ciro e Tebet. Contra o atual mandatário, o resultado seria de 51% dos votos para Lula e 39% para Bolsonaro. Na disputa contra Ciro, o petista ficaria com 47% contra 32% do ex-ministro. Enfrentando Tebet, por fim, Lula teria vantagem maior: 50% contra 29% da senadora.

Em São Paulo, Lula e Bolsonaro aparecem tecnicamente empatados, de acordo com sondagem da Quaest. Enquanto o ex-presidente registrou 37% dos votos do eleitorado paulista, o chefe do Executivo federal ficou com 35%. A margem é de dois pontos para mais ou para menos.

Apesar do empate, o resultado indica crescimento de Bolsonaro em quase todos os segmentos socioeconômicos e aponta uma eleição presidencial apertada, segundo o colunista do UOL José Roberto de Toledo.

Ainda de acordo com o colunista, o resultado no maior colégio eleitoral do país, onde votam 22% dos brasileiros, também confirma que a primeira-dama Michelle Bolsonaro é até o momento o cabo eleitoral mais estratégico do governo. Ela ajuda Bolsonaro a ganhar mais votos na fatia do eleitorado onde é mais forte: os evangélicos.

Outro recorte que merece atenção é o das intenções de voto entre quem recebe o Auxílio Brasil em São Paulo. Segundo a Quaest, 29% desse público declara voto em Bolsonaro —em julho, esse percentual era de 20%.

Em Minas Gerais, Bolsonaro cresceu quatro pontos na pesquisa espontânea da Quaest, registrando 26% das intenções de voto. Em julho, ele tinha 22%. Lula, por sua vez, caiu cinco pontos: de 36% para 31%. A variação registrada pelos dois está acima da margem de erro de dois pontos da sondagem.

Levando em conta esses mesmos dados, a distância entre Lula e Bolsonaro caiu de 14 para cinco pontos e, portanto, a queda também está além da margem do levantamento.

Já na sondagem estimulada, o ex-presidente Lula tem 42%, e Bolsonaro, 33%. Em seguida, aparecem Ciro, com 6%, Tebet, com 1%.

Segundo o colunista do UOL Leonardo Sakamoto, esses números merecem atenção por Minas Gerais ser uma espécie de "termômetro" do resultado das eleições no Brasil, ao mesmo tempo em que é considerado um estado pêndulo, que varia sua posição de acordo com o momento.