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PF terá 15 dias para identificar integrantes de grupo contra STF

Ivan Pinto foi preso preventivamente em julho após fazer ameaças - Reprodução/YouTube
Ivan Pinto foi preso preventivamente em julho após fazer ameaças Imagem: Reprodução/YouTube

Do UOL, em São Paulo

22/08/2022 14h32

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou hoje que a PF (Polícia Federal) identifique integrantes de um grupo do Telegram chamado "Caçadores de ratos do STF". A autoridade tem 15 dias para concluir a investigação, que inclui também análise do teor das mensagens trocadas.

Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), que havia pedido a identificação dos membros do grupo, há 159 pessoas que fazem parte do "Caçadores de ratos do STF". Uma delas é o bolsonarista Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, que foi preso preventivamente em julho após fazer ameaças em vídeo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do Supremo, incluindo Moraes.

A existência do grupo de mensagens se deu a partir do inquérito sobre Ivan. O delegado federal Fábio Alvarez Shor, responsável pelo caso, disse que o bolsonarista "agiu de forma consciente e voluntária para tentar abolir o estado democrático de direito".

A descrição do grupo no Telegram diz: "Grupo de pessoas dispostas a colocar pressão 24 horas em cima dos ratos do STF. Vamos caçar estes vagabundos em qualquer lugar que eles andem neste País. Sem violência física, mas com muita pressão moral. O objetivo é que os vagabundos entreguem a toga".

A PGR avalia que, sem a identificação dos outros membros, não é possível "confirmar a existência de uma associação criminosa".

*Com informações de Estadão Conteúdo