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Piloto da Stock Car diz que foi agredido após tirar caminhão de bloqueio

Sérgio Jimenez, piloto da Stock Car, diz que foi agredido e perseguido por bolsonaristas após tirar caminhão de manifestação - Divulgação/@sergiojimenez
Sérgio Jimenez, piloto da Stock Car, diz que foi agredido e perseguido por bolsonaristas após tirar caminhão de manifestação Imagem: Divulgação/@sergiojimenez

Do UOL, em São Paulo

02/11/2022 12h01Atualizada em 02/11/2022 12h11

O piloto de stock car e empresário Sergio Jimenez diz que foi perseguido e agredido após furar o bloqueio de bolsonaristas que contestam o resultado das eleições. Manifestantes fecham rodovias em todo o país e pedem intervenção militar.

Em vídeo publicado no Instagram, Jimenez diz que foi tirar um caminhão na entrada da cidade de Piedade (SP) quando começaram as agressões.

"Atiraram uma pedra no vidro, mirando em mim. Continuei caminhando com o caminhão e me perseguiram", diz Jimenez no vídeo. "Foram com o carro, tiraram o pé para eu frear, continuei e acabei acertando a traseira do carro."

Jimenez diz que o carro, com três manifestantes, acelerou e sumiu do seu campo de visão. "De repente, pararam no meio da rodovia e tacaram três pedras gigantes no meu vidro."

"Cheguei na delegacia e, antes de descer, chutaram a porta do caminhão, bateram no vidro. Fui agredido, tomei um chute", diz ele.

Em outro vídeo, é possível ver um dos bolsonaristas batendo no vidro do caminhão estacionado. Segundo Jimenez, naquele momento ele já estava na delegacia.

Manifestar todo mundo pode, o que não pode é não deixar o outro ir trabalhar. Se é Lula, se é Bolsonaro, f*da-se!

Bolsonaro defende direito de ir e vir. O presidente Jair Bolsonaro (PL) rompeu na tarde de ontem o silêncio, que durava quase dois dias, desde que foi derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele afirmou que "manifestações pacíficas são bem-vindas" —referindo-se aos bloqueios nas estradas promovidos por apoiadores desde domingo (30). Por outro lado, criticou atos de violência e disse que "o direito de ir e vir" da população deve ser preservado.

O pronunciamento ocorreu no hall de entrada do Palácio da Alvorada, a residência oficial da chefia do Executivo federal, e durou cerca de dois minutos. Após o discurso, coube ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), anunciar o início do processo de transição de governo. Os trabalhos serão coordenados pelo vice-presidente eleito, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).

Bolsonaro chamou de "movimentos populares" os protestos de bolsonaristas que não aceitam o revés nas urnas. Para o presidente, os atos, em que os manifestantes defendem um golpe de Estado, são "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral". Desta vez, ele não mencionou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nem os ministros da Corte — que foram reiteradamente atacados em discursos anteriores do chefe do Executivo.