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Transição de Lula diz que há mais de 100 mil obras habitacionais paradas

Entrevista com deputado Guilherme Boulos (PSOL) e ex-ministro Aloizio Mercandante - Reprodução
Entrevista com deputado Guilherme Boulos (PSOL) e ex-ministro Aloizio Mercandante Imagem: Reprodução

Do UOL, em Brasília

07/12/2022 18h59Atualizada em 07/12/2022 18h59

A equipe do grupo de cidades do governo de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que há 100.139 obras de unidades habitacionais paradas atualmente no Brasil. Em coletiva, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), que faz parte do grupo técnico, afirmou ainda que se a previsão orçamentária para 2023 for mantida, outras 5.000 obras deverão ser paralisadas em janeiro do próximo ano por falta de recursos.

Cotado para assumir a possível recriação do Ministério das Cidades, o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL) voltou a dizer que a situação financeira do Brasil para 2023 é "catastrófica". Ele também faz parte da equipe de transição, do grupo técnico de Cidades, e chamou a previsão orçamentária prevista pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para o setor de "fictícia".

"Para concluir as obras de moradia no orçamento 2023 seria preciso R$ 1,6 bilhão, deixaram R$ 82 milhões", disse. "Se a PEC [da Transição] não for aprovada, em janeiro tem obra parando no Brasil", disse Boulos

Ele disse ainda que o grupo técnico de Cidades deve recomendar ao presidente eleito a recriação do Ministério das Cidades.

"A prioridade era voltar Minha Casa Minha Vida mas não se imaginava que a situação era tão catastrófica", afirmou França.

O coordenador técnico da transição Aloizio Mercadante afirmou ser preciso aguardar a aprovação da PEC para saber como será a distribuição de recursos.

Ainda de acordo com o grupo, o governo atual contratou "zero unidade", seja no programa Minha Casa Minha Vida ou no Casa Verde Amarela, que o substituiu no governo Bolsonaro.