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'Plano A, B e C é aprovação da PEC', diz escolhido de Lula para Casa Civil

Rui Costa, indicado por Lula para ser ministro-chefe da Casa Civil - TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Rui Costa, indicado por Lula para ser ministro-chefe da Casa Civil Imagem: TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em Brasília

19/12/2022 15h25Atualizada em 19/12/2022 17h09

Rui Costa, disse hoje que a intenção ainda é aprovar a Proposta de Emenda à Constituição da Transição, mesmo após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes permitir que o Bolsa Família seja uma despesa removida do teto de gastos.

A turma está negociando. O plano A, B e C é a aprovação da PEC" Rui Costa no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília.

Na avaliação de Costa, a decisão de Gilmar Mendes não fortalece o "plano B" de Lula, de conseguir liberar o espaço no orçamento sem depender do Congresso Nacional.

"Não dá [força ao plano B], não, fortalece o plano A. É diálogo, não é medição de força. Vamos continuar dialogando", afirmou.

Futuro do Bolsa Família está em jogo

  • Para pagar o valor de R$ 600 aos beneficiários do Auxílio Brasil (que voltará a ser chamado de Bolsa Família), com adicional de R$ 150 para crianças de até seis anos.
  • Para isso, o governo Lula precisa abrir espaço no orçamento do país e fazer uma recomposição do dinheiro em outras áreas.
  • A PEC da Transição foi a forma escolhida pelo gabinete de transição. Eles querem colocar o valor do programa como um investimento fora do teto de gastos.
  • A PEC já foi aprovada no Senado Federal, mas falta aprovação na Câmara.

Lula e seus aliados estão em intensa negociação política com Arthur Lira, presidente da Câmara, para ter os votos necessários. Na mesa, está a negociação por espaço nos ministérios e formação de base aliada na Casa.

Mas, com a decisão de Gilmar, o governo eleito ganhou um "plano B", caso a negociação com a Câmara não avance.

Além disso, Lira e seus aliados foram surpreendidos hoje pela decisão do STF de derrubar o modelo que viabiliza o chamado orçamento secreto, moeda de troca do presidente da Casa por acordos políticos.

Mesmo assim, o recado de Lira às lideranças é que a votação da PEC segue marcada para amanhã (20), e que ele trabalha pela aprovação do texto na Casa

Há pontos do projeto a serem discutidos para que ele não seja desidratado e aprovado em formato diferente do votado no Senado.

Por isso, Lula e seus aliados pretendem continuar a negociação com Lira e resolver o espaço Bolsa Família de forma política, pela PEC, e conquistando votos na Câmara. É essa narrativa, incorporada por outros integrantes da equipe de Lula, que Rui Costa defendeu.