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Com Tebet no Planejamento, Lula deve finalizar anúncio de ministros na 5ª

Lula: últimos ministros saem poucos dias antes da posse - TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Lula: últimos ministros saem poucos dias antes da posse Imagem: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em Brasília

27/12/2022 17h11Atualizada em 27/12/2022 17h28

O presidente eleito deverá revelar os últimos 16 ministros do seu futuro governo na próxima quinta-feira (29). O anúncio ficou mais fácil após a concordância de a senadora Simone Tebet (MDB-MS) assumir o Planejamento.

Previsto inicialmente para hoje, o principal desafio de Lula para compor o grupo é conseguir alocar os nomes do centrão e ainda embarcar todos os aliados. Ao todo, o governo ficará com 37 pastas — maior número de uma gestão petista.

Até então, além de Tebet, os principais cotados para as pastas são:

  • O senador eleito Renan Filho (MDB-AL) em Transportes;
  • O deputado José Priante (MDB-PA) em Cidades;
  • O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) na Agricultura;
  • O senador Alexandre Silveira (PSD-MG) em Minas e Energia;
  • A deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) no Meio Ambiente;
  • O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) em Comunicações;
  • O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) na Secom (Secretaria de Comunicação Social);
  • A ex-jogadora de vôlei Ana Moser para Esportes
  • O general Gonçalves Dias no GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

O principal desafio de Lula para compor o grupo é o grande número de partidos que se juntaram ao seu governo, apesar do alto número de pastas.

Além dos dez partidos que compuseram a aliança desde o primeiro turno (PT-PV-PCdoB, PSB, PSOL-Rede, Solidariedade, Pros, Avante e Agir), há ainda o PDT, que se juntou no segundo turno, o MDB e o PSD, em que parte das lideranças apoiaram Lula, e o União Brasil, que entra na cota de barganha com o Congresso.

Lula tem resolvido os entraves finais. Entre estes três partidos do centrão, a expectativa é que cada um tenha pelo menos dois ministros, um para cada Casa (Câmara e Senado).

Tebet no Planejamento acabou entrando entrando pela "cota pessoal" de Lula, e o partido deverá ficar com três pastas. O PSD tem a mesma expectativa em relação a Fávaro e quer mais um nome pela Câmara. Veja os entraves das pastas restantes:

Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: vaga que interessa a União Brasil e a aliados, mas deverá ficar com indicado pelo PT, mas não necessariamente do partido

Integração e Desenvolvimento Regional: nome do deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) era favorito, mas tem perdido força por resistência interna entre petistas, porém a vaga deverá ficar com o partido.

Pesca e Aquicultura: deverá ficar com algum aliado ainda não contemplado, como PV, Solidariedade e Avante.

Povos Indígenas: as deputadas eleitas Joenia Wapichana (Rede-SP), Sônia Guajajara (PSOL-SP) e o vereador de Caucaia (CE) Weibe Tapeba (PT) compõe a uma lista tríplice apresentada por indígenas a Lula. A psolista é favorita por distribuição partidária.

Previdência Social: PDT, com o ex-ministro Carlos Lupi, e Solidariedade, com a deputada Marília Arraes (PE), disputam a vaga.

Turismo: A vaga é disputada por União Brasil e PSD, com o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) como forte candidato por meio da indicação do prefeito carioca Eduardo Paes (PSD).