No Itamaraty, Vieira enaltece Dilma e promete 'reconstrução' pós-Bolsonaro
Mauro Vieira assumiu nesta segunda-feira (2) o cargo de ministro das Relações Exteriores e fez um discurso com duras críticas ao posicionamento do governo brasileiro na política mundial nos últimos anos.
O novo ministro do Itamaraty prometeu "recolocar" o país no centro do debate mundial e "reconstruir nosso patrimônio diplomático".
Mauro Vieira tem como missão retomar o prestígio da imagem brasileira no exterior, principalmente após a gestão do ex-ministro de Bolsonaro Ernesto Araújo, marcada por posições conservadoras.
A principal tarefa da política externa é reinserir Brasil no mundo. Recompor relações laterais desgastadas
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores
Vieira, que foi ministro da pasta durante a gestão Dilma Rousseff (PT), enalteceu a ex-presidenta, a quem agradeceu a confiança. Disse que seu trabalho foi "interrompido", em 2016, pelo processo de impeachment que a tirou do cargo.
Dilma, no entanto, não foi à transmissão de cargo. Ela estava na Advocacia-Geral da União, na posse de Jorge Rodrigo Araújo Messias, que foi seu auxiliar.
O novo ministro promete reforçar laços internacionais com países emergentes e também com as potenciais globais, como os Estados Unidos. Mas, no caso dos Estados Unidos, disse que será uma aliança sem "posicionamento automáticos".
O início da fala de Vieira causou constrangimento. Antes, Carlos Alberto França, ministro de Bolsonaro, havia defendido as ações de sua gestão, citando inclusive as negociações para compra de vacinas e insumos no período mais crítico da pandemia de covid-19.
Vieira começou seu discurso citando os problemas dos últimos anos e a necessidade urgente da reconstrução da imagem do Brasil. "Minhas primeiras palavras são de gratidão ao Senhor Presidente da República pela confiança que em mim deposita para chefiar o Itamaraty e executar a política externa que reconduzirá o Brasil ao grande palco das relações internacionais".
Aceito agora o desafio de retornar a esse lugar e a essas tarefas, consciente de que mudanças importantes ocorreram no Brasil e no mundo nestes mais de seis anos e meio desde a minha saída. Consciente, também, de que o Brasil tem muito a fazer para reconstruir sua inserção no mundo e em sua própria região."
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