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Líder do Javari cobra Dino por caso de Bruno e Dom: 'Queremos empenho'

Cartazes com pedido de justiça pelos assassinatos de Dom Phillips e Bruno Pereira expostos em protesto em frete à Funai, em Brasília - Gabriela Biló/Folhapress
Cartazes com pedido de justiça pelos assassinatos de Dom Phillips e Bruno Pereira expostos em protesto em frete à Funai, em Brasília Imagem: Gabriela Biló/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

04/01/2023 13h48Atualizada em 04/01/2023 14h35

Beto Marubo, integrante da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), cobrou nas redes sociais o ministro da Justiça, Flávio Dino, após o chefe da pasta prometer solucionar o caso Marielle.

Marubo e integrantes da Univaja foram os primeiros a se mobilizarem nas buscas pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista britânico Dom Philips.

"Nós do Vale do Javari e as Famílias do indigenista Bruno Pereira e do Jornalista Dom Phillips queremos o mesmo empenho e prioridade dada pelo Minist. da Justiça Flávio Dino, em solucionar o "caso Marielle Franco". É um caso que precisa ser esclarecido também. Ao Brasil e ao mundo"

Não haverá cheque em branco para Lula, diz Marubo

Por questões de segurança, Beto Marubo não pôde voltar para o Vale do Javari desde o assassinato de Bruno e Dom.

Para ele, a continuidade das ameaças e da presença de grupos criminosos na região significa que "não se fez justiça coisíssima nenhuma" em relação à morte dos colegas.

"Implicitamente é reconhecido pelo Judiciário que essas quadrilhas ainda estão ativas na região, e mesmo assim as instituições de proteção à pessoa, a fiscalização e a segurança pública não estão tomando as devidas providências", disse Marubo à coluna da Mongabay no UOL.

O líder indígena também reconhece o avanço simbólico da criação do Ministério dos Povos Indígenas sob Lula, mas pondera a situação com críticas ao passado petista — sobretudo em relação à construção da usina de Belo Monte, no Pará.

"Precisamos estar cientes de que não é porque apoiamos a campanha de Lula que vamos dar um cheque em branco para o novo governo. A gente vai cobrar, vai ser incisivo, sobretudo pelo histórico do PT no passado".