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Ministério Público do DF vistoria cela de Torres e diz não ter 'privilégio'

Batalhão da Polícia Militar no Guará (DF), onde Anderson Torres está preso provisoriamente - 14.jan.2023 - Vinicius Nunes/UOL
Batalhão da Polícia Militar no Guará (DF), onde Anderson Torres está preso provisoriamente Imagem: 14.jan.2023 - Vinicius Nunes/UOL

Colaboração para o UOL, em Brasília

16/01/2023 17h34Atualizada em 16/01/2023 17h42

Equipes do Núcleo de Custódia da Polícia Militar e do MP-DF inspecionaram na tarde de hoje a cela em que Anderson Torres está detido em Brasília. Ele está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal desde o último sábado (14), quando foi preso ao retornar dos Estados Unidos.

O grupo informou que não encontrou "privilégios" na cela em que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal permanece. Ele está em uma das salas do Bavop (Batalhão de Aviação Operacional).

Cabe ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, definir em qual local o ex-ministro de Bolsonaro vai cumprir a prisão preventiva. Por ser delegado da Polícia Federal, Torres tem a prerrogativa de ficar em prisão especial. Ele também tem o direito de receber visitas dos advogados e familiares.

Anderson Torres foi ministro de Bolsonaro - Antonio Cruz/Agência Brasil - Antonio Cruz/Agência Brasil
14.dez.21 - O então ministro da Justiça, Anderson Torres, fala à imprensa no Palácio do Planalto
Imagem: Antonio Cruz/Agência Brasil

Segundo a PF, as investigações contra Anderson Torres correm em sigilo. Ele foi exonerado da Secretaria de Segurança do DF em 8 de janeiro, depois que bolsonaristas golpistas invadiram as sedes dos Três Poderes — o Congresso, o Palácio do Planalto e o STF. No cargo, Torres era responsável pela Polícia Militar, que não conteve os ataques.

Para o governo federal, há indícios de negligência por parte do comando da segurança na capital federal. A prisão foi decretada a pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues. Moraes também autorizou busca e apreensão na casa de Torres, no Jardim Botânico, em Brasília.

Durante a operação, agentes da PF encontraram uma minuta de decreto para reverter o resultado das eleições de 2022.