Preso, suspeito de tentar explodir bomba em aeroporto chega a Brasília
O bolsonarista Alan Diego dos Santos, um dos suspeitos de participar no atentado a bomba, no aeroporto de Brasília, em dezembro, chegou na noite de hoje à capital federal.
Santos foi preso ontem pela Polícia Civil de Mato Grosso. Agentes fizeram contato com pessoas próximas ao suspeito e, após as tratativas, ele se apresentou à Delegacia de Comodoro (MT), onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva.
No fim de semana, o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus os três homens acusados de planejar e tentar executar a explosão de um artefato em um caminhão com querosene nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera de Natal do ano passado. Santos é um deles.
Quem são os 3 réus
- George Washington de Oliveira Souza
- Alan Diego dos Santos
- Wellington Macedo de Souza
Em decisão, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal, afirma que a denúncia do Ministério Público preenche os requisitos para abrir uma ação penal contra o trio.
A decisão foi publicada no dia 10, mas só se tornou pública após o magistrado levantar o sigilo do processo na sexta-feira (13).
George Washington de Oliveira Souza foi preso logo após a descoberta do artefato. Ele confessou o plano, disse que gastou R$ 170 mil com armas para um possível atentado e acusou Alan Diego dos Santos de ser parceiro na tentativa do crime.
Wellington Macedo de Souza teria posto o artefato no caminhão com querosene nas proximidades do aeroporto.
Alan Diego dos Santos teria auxiliado na preparação do artefato explosivo.
O trio responderá pelo crime de explosão. Segundo o Código Penal, trata-se de expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de alguém mediante explosão, arremesso ou colocação de dinamite, ou substância análoga. A pena pode variar de três a seis anos de prisão, além de multa.
Os réus também respondem a processos relacionados ao crime de terrorismo, mas este caso tramita na Justiça Federal.
Relembre o caso
A investigação foi aberta após a descoberta de um artefato explosivo posto em um caminhão com querosene nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera de Natal.
O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, foi preso pela tentativa de explosão e confessou ter montado o artefato. Em depoimento à PC-DF (Polícia Civil do Distrito Federal), ele afirmou ter gasto R$ 170 mil com armas para um possível atentado organizado na cidade. O plano envolvia:
- explodir os artefatos para radicalizar apoiadores de Jair Bolsonaro (PL)
- entregar armas a integrantes de um grupo de bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército
"Ele confessou que tinha intenção de cometer um crime no Aeroporto, com objetivo de chamar atenção para o movimento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro, que eles estão empenhados no quartel-general", afirmou o diretor-geral da PC-DF, delegado Robson Cândido ao UOL, em dezembro. "Ele e o grupo falharam, talvez por falta de conhecimento técnico sobre como artefatos do tipo funcionam."
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