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Preso, suspeito de tentar explodir bomba em aeroporto chega a Brasília

Alan Santos - Reprodução/Twitter
Alan Santos Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

18/01/2023 22h21Atualizada em 18/01/2023 22h59

O bolsonarista Alan Diego dos Santos, um dos suspeitos de participar no atentado a bomba, no aeroporto de Brasília, em dezembro, chegou na noite de hoje à capital federal.

Santos foi preso ontem pela Polícia Civil de Mato Grosso. Agentes fizeram contato com pessoas próximas ao suspeito e, após as tratativas, ele se apresentou à Delegacia de Comodoro (MT), onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva.

No fim de semana, o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus os três homens acusados de planejar e tentar executar a explosão de um artefato em um caminhão com querosene nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera de Natal do ano passado. Santos é um deles.

Quem são os 3 réus

Em decisão, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal, afirma que a denúncia do Ministério Público preenche os requisitos para abrir uma ação penal contra o trio.

A decisão foi publicada no dia 10, mas só se tornou pública após o magistrado levantar o sigilo do processo na sexta-feira (13).

George Washington Sousa - Reprodução / Twitter                             - Reprodução / Twitter
George Washington Sousa foi o primeiro suspeito de participar do atentado a ser preso
Imagem: Reprodução / Twitter

George Washington de Oliveira Souza foi preso logo após a descoberta do artefato. Ele confessou o plano, disse que gastou R$ 170 mil com armas para um possível atentado e acusou Alan Diego dos Santos de ser parceiro na tentativa do crime.

Wellington Macedo de Souza teria posto o artefato no caminhão com querosene nas proximidades do aeroporto.

Alan Diego dos Santos teria auxiliado na preparação do artefato explosivo.

O trio responderá pelo crime de explosão. Segundo o Código Penal, trata-se de expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de alguém mediante explosão, arremesso ou colocação de dinamite, ou substância análoga. A pena pode variar de três a seis anos de prisão, além de multa.

Os réus também respondem a processos relacionados ao crime de terrorismo, mas este caso tramita na Justiça Federal.

Relembre o caso

A investigação foi aberta após a descoberta de um artefato explosivo posto em um caminhão com querosene nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera de Natal.

O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, foi preso pela tentativa de explosão e confessou ter montado o artefato. Em depoimento à PC-DF (Polícia Civil do Distrito Federal), ele afirmou ter gasto R$ 170 mil com armas para um possível atentado organizado na cidade. O plano envolvia:

  • explodir os artefatos para radicalizar apoiadores de Jair Bolsonaro (PL)
  • entregar armas a integrantes de um grupo de bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército

"Ele confessou que tinha intenção de cometer um crime no Aeroporto, com objetivo de chamar atenção para o movimento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro, que eles estão empenhados no quartel-general", afirmou o diretor-geral da PC-DF, delegado Robson Cândido ao UOL, em dezembro. "Ele e o grupo falharam, talvez por falta de conhecimento técnico sobre como artefatos do tipo funcionam."