Sobrinho de Bolsonaro que foi a atos golpistas pede gratuidade ao STF
Alvo de um processo no Supremo Tribunal Federal por ter participado e incitado atos golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro, Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, pediu à Corte gratuidade de Justiça na ação.
O que diz o sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro?
- Ao STF, Léo Índio afirmou que não tem "condições de arcar com as despesas decorrentes do presente processo e honorários advocatícios sucumbenciais";
- Segundo Léo Índio, caso não consiga gratuidade, isso acarretará em "prejuízo" de seu sustento e de sua família;
- Ele pede que a gratuidade seja autorizada e que abranja "todos os atos do processo";
- Defendido pela advogada Clarice Pereira Pinto, a solicitação, impetrada ontem (24), será analisada pelo ministro Dias Toffoli.
Ação foi protocolada por coletivo. O processo contra Léo Índio no STF foi protocolado pelo Coletivo de Direito Popular, formado por advogados ligados à UFF (Universidade Federal Fluminense), em 17 de janeiro, para que o sobrinho de Bolsonaro responda pela participação em atos golpistas.
Os advogados alegam que Índio, aparentemente, esteve na linha de frente dos atos golpistas, e pediram a prisão preventiva dele, mas isso ainda não foi acatado pelo Supremo.
Além disso, ele também fez publicação na internet, direto do ato golpista, que teve 12.747 curtidas e 2.289 comentários, "evidenciando a sua capacidade de influência e mobilização".
Léo Índio não declarou bens ao TSE. Em 2022, o sobrinho de Jair Bolsonaro disputou uma vaga como deputado distrital no DF, pelo PL, mas foi derrotado.
Ao prestar contas ao Tribunal Superior Eleitoral, Léo não declarou bens.
Em julho do ano passado, ele foi exonerado do cargo de assessor de liderança do PL no Senado, após a colunista do UOL Juliana Dal Piva revelar que ele não aparecia nos horários de expediente. Quando esteve no cargo, Léo recebia salário de R$ 5.735,93.
Antes dos cargos no Senado. Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) tentou emplacar Léo no Palácio do Planalto. A ideia era que ele ocupasse algum cargo na Secretaria de Governo da Presidência da República. No entanto, o sobrinho do ex-presidente foi barrado pelo então ministro da pasta, o general da reserva Alberto Santos Cruz.
Sem ensino superior. Auxiliares do ministro, à época, avaliaram que o currículo do sobrinho do ex-presidente não tinha as qualificações necessárias para o cargo no ministério. Léo não possui ensino superior e sua experiência profissional prévia era como vendedor, além de assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na época da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
O UOL entrou em contato com Léo Índio via WhatsApp e fez alguns questionamentos sobre o pedido de gratuidade, mas ainda não obteve retorno. Caso as respostas sejam enviadas, essa matéria será atualizada.
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