MPF pede informações ao governo sobre controle aéreo em terras indígenas
O MPF (Ministério Público Federal) quer saber do governo federal informações sobre quais medidas estão sendo adotadas para o controle do tráfego aéreo em áreas indígenas e quilombolas.
- O MPF sugeriu que sejam adotadas providências para o controle do espaço aéreo;
- As solicitações foram enviadas aos Ministérios da Justiça e Segurança Pública e dos Povos Indígenas, ao Comando da Aeronáutica e à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Nas redes sociais, vídeos mostram homens e mulheres em grupos deixando a região pela floresta ou rios, em barcos e canoas lotadas. A fuga acontece após o governo Lula (PT) bloquear o espaço aéreo da terra yanomami, inviabilizando a logística do garimpo.
Há expectativa de que uma nova operação será feita nos próximos dias para expulsar garimpeiros ilegais da região.
Em outro vídeo, um grupo de mulheres pede ajuda dos "recursos humanos" para sair da terra yanomami porque estão sem mantimentos. Uma delas diz que a caminhada para sair do território indígena é de 30 dias e que os helicópteros cobram R$ 15 mil por voo.
"A gente está vindo aqui para pedir para vocês compartilharem esse vídeo no Facebook para pedir que acionem os recursos humanos [direitos humanos]. Não estão resgatando ninguém, a gente está preso aqui e daqui uma semana a gente não vai ter mais alimentação. Os indígenas vão começar a ficar estressados porque a gente que dá alimento para eles."
Governador de Roraima pede ajuda para "saída pacífica"
No sábado, o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), fez um apelo para que o governo Lula apoie a saída de "trabalhadores que escolheram a saída espontânea e pacífica". Ele também diz que há crianças fugindo da terra yanomami.
Recentemente, em entrevista à Folha de S.Paulo, o governador Denarium disse não ser possível vincular a ação de garimpeiros na região aos crimes cometidos contra os yanomamis. Também declarou que os indígenas devem "se aculturar" e deixarem de "ficar no meio da mata, parecendo bicho".
Em nota, o ministro da Defesa, José Múcio, diz que ouvia a proposta do governo de Roraima, que será avaliada "com carinho". Ele estará no estado na próxima semana.
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