Moraes manda PGR avaliar se deve ou não soltar Anderson Torres
A determinação para que a PGR (Procuradoria-Geral da República) avalie a solicitação de Torres foi publicada hoje por Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Anderson Torres pediu para sair da prisão e, em troca, cumprir medidas cautelares. O ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal foi preso no dia 14 de janeiro ao retornar de férias nos Estados Unidos.
Torres, que também foi ministro da Justiça do governo Bolsonaro, é investigado no inquérito que apura as responsabilizações dos ataques aos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Moraes é o relator da ação.
Defesa de Torres: ele cumpriu com deveres do cargo
No pedido, a defesa de Torres alega que o ex-secretário adotou medidas para prevenir as invasões ocorridas no ato golpista e que há "total ausência" de evidências para associá-lo aos ataques.
No pedido, o ex-secretário alega ainda que já se passou quase um mês da prisão de Torres, período em que as autoridades já conduziram diligências para a investigação.
Além disso, os advogados dizem que Moraes já concedeu a liberdade provisória ao ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fábio Augusto Vieira, na semana passada.
Relatório da intervenção no DF: Torres soube de risco, mas não agiu
Por outro lado, o relatório do ex-interventor federal da Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli, afirma que Torres recebeu informações sobre possível invasão às sedes dos Poderes, mas não agiu.
"O gabinete do secretário recebeu a informação sobre (a manifestação golpista) e não houve um plano de ações integradas que é de praxe. A informação, difundida na internet, previa invasão de prédios públicos. Faltou comando e responsabilidade", disse Cappelli.
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