Ex-juiz, Moro critica pena de Elize Matsunaga e Pádua: 'Muito pouco'
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) criticou o que interpretou como banalização da vida pela legislação penal do Brasil.
- O comentário, feito pelo Twitter, ocorre um dia após usuários de aplicativos de transporte exporem um suposto cadastro de Elize Matsunaga como motorista --a Uber e a 99 negam que ela componha suas equipes de condutores.
- "Sete anos de prisão em regime fechado por assassinato (Pádua, Matsunaga). É muito pouco, a legislação penal brasileira barateia a vida e precisa ser reformada", falou o ex-juiz.
Relembre os casos
Em liberdade condicional desde o ano passado, Elize foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão por matar e esquartejar o marido, então presidente da Yoki, Marcos Matsunaga, em 2012.
Ela cumpriu regime fechado no presídio de Tremembé (SP) por 10 anos. Quando deixou a cadeia, afirmou acreditar que Marcos já a perdoou por tê-lo assassinado.
Atualmente, Elize é impedida de ter contato com a filha, mas demonstra interesse em conhecer a criança. A garota tinha apenas 1 ano na ocasião do crime e, desde então, está sob a guarda dos avós paternos, que busca destituir a mãe do poder familiar e retirar o nome de Elize da certidão de nascimento da garota.
Além dela, Moro citou o ex-ator e pastor Guilherme de Pádua, condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato de Daniella Perez, crime ocorrido em 1992. Ele, no entanto, cumpriu apenas 6 anos e 9 meses da pena em regime fechado, e saiu da prisão em 1999.
Inicialmente, o assassino negava o crime. Depois que as provas foram apresentadas, ele admitiu a culpa. Ao analisar o caso, a polícia entendeu que Paula também estava envolvida e decretou a prisão dos dois.
Pádua morreu em novembro do ano passado após um infarto.
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