Políticos cobram respostas sobre morte de Marielle: '5 anos sem essa força'
Na data que marca os 5 anos dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ainda sem uma resposta sobre quem ordenou o crime, políticos e ministros do governo Lula cobraram resolução do caso.
"Já são 5 anos sem esse sorrisão contagiante e essa força que tomava conta de qualquer espaço. Já são 5 anos de luta pela memória de Marielle Franco e Anderson, exigindo justiça para esse crime brutal", escreveu o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).
Outros políticos se manifestaram:
- "A busca das respostas é uma luta por justiça, por democracia, por humanidade, por um futuro digno e sem violência", disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
- "Marielle vive em todas e todas que lutam por justiça", escreveu no Twitter a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que disse ainda que a legenda não vai descansar enquanto os mandantes não forem "identificados, julgados e punidos por seus crimes".
- O PT disse também que os assassinatos de Marielle e Anderson "não podem ser esquecidos".
- A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, homenageou a irmã e disse que vai cobrar justiça até a solução completa do caso: "Como irmã de Marielle, filha de Marinete, me dói muito ter que enfrentar ainda fake news e discurso de ódio contra minha irmã, me dói ter que falar sobre justiça depois de tanto tempo, mas continuaremos fazendo isso até conseguirmos solucionar este caso", escreveu nas redes sociais.
- Marcelo Freixo, presidente da Embratur e ex-deputado federal, afirmou que o novo comando da Polícia Federal dá esperanças de que o caso será, enfim, esclarecido.
São cinco anos onde se fez tudo de errado em uma investigação. A esperança que tenho é a mudança que houve no país em relação ao Ministério da Justiça e, principalmente, à Polícia Federal. O grupo que está à frente da PF hoje é muito sério. É um crime contra a democracia, de motivação política. Por isso, precisa ser prioritariamente resolvido.
Marcelo Freixo, em entrevista ao UOL News
Relembre o caso
- A vereadora do Rio Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros, em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, no Centro do Rio.
- Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos, apontados como autores dos homicídios -- o primeiro teria atirado nas vítimas, e o segundo dirigia o carro que emparelhou com o da vereadora. Eles ainda não foram julgados, mas passarão por júri popular, em data ainda a ser definida pela Justiça do Rio.
- Ainda não há sinalização sobre quem foi o mandante do crime. O primeiro inquérito, que concluiu a participação de Lessa e Queiroz, não conseguiu definir se eles agiram sozinhos ou a mando de alguém.
- Sem informações sobre os possíveis mandantes, as autoridades do Rio de Janeiro não conseguiram chegar à motivação do crime.
- Nos últimos cinco anos, o caso Marielle já foi comandado por cinco delegados diferentes e três grupos de promotores. O MP-RJ afirma que não há impacto nas investigações, mas desde que começaram as mudanças não houve avanço significativo nessas questões que seguem sem respostas.
- Em fevereiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal, com apoio do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro).
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