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Moraes nega recurso e Daniel Silveira segue preso e com contas bloqueadas

Daniel Silveira foi condenado a 8 anos e 9 meses de detenção - REUTERS
Daniel Silveira foi condenado a 8 anos e 9 meses de detenção Imagem: REUTERS

Do UOL, em São Paulo e Brasília

03/04/2023 18h54Atualizada em 03/04/2023 19h00

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou um recurso da defesa de Daniel Silveira e manteve a prisão e bloqueio de contas do ex-deputado.

O que aconteceu:

A defesa de Silveira pediu a revogação da prisão e das multas aplicadas a ele, bem como a "restituição de todos os bens e valores" e "desbloqueio de todas as redes sociais".

Na decisão, de 31 de março, Moraes citou o indulto concedido a Silveira pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, mas ressaltou que a Corte julgará a validade do perdão no próximo dia 13 de abril e que, antes de uma definição sobre o tema, não cabe ao STF revogar a prisão.

Para o ministro, enquanto não houver a análise e a "decretação da extinção de punibilidade pelo Poder Judiciário", a "presente ação penal prosseguirá normalmente".

Também por esse motivo, absolutamente necessário definir o exato momento em que o Decreto Presidencial de Indulto permitirá a decretação de extinção da punibilidade pelo Poder Judiciário
Decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF

O ex-deputado está detido no presídio Bangu 8 desde fevereiro por descumprimento de medida cautelar. Entre as condições que ele descumpriu estão: danificar a tornozeleira eletrônica; voltar a ameaçar ministros do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), colocar dúvida sobre as urnas eletrônicas, e tentar criar novas contas nas redes sociais.

Deputado Daniel Silveira posa ao lado do presidente Jair Bolsonaro (d) segurando uma cópiado do indulto presidencial que recebeu - Evaristo Sá/AFP - Evaristo Sá/AFP
Deputado Daniel Silveira posa ao lado do presidente Jair Bolsonaro (d) segurando uma cópiado do indulto presidencial que recebeu
Imagem: Evaristo Sá/AFP

Relembre o indulto concedido por Bolsonaro:

  • Daniel Silveira foi condenado em abril de 2022 pelo STF por ameaças contra os integrantes do tribunal a oito anos e nove meses de prisão.
  • No dia seguinte, o deputado foi beneficiado pela graça concedida pelo então presidente Bolsonaro.
  • À época, o chefe do Executivo disse que a decisão tinha como objetivo "dar exemplo ao Supremo Tribunal Federal".
  • O instituto da graça é uma prerrogativa do presidente da República para extinguir a condenação de uma pessoa. A medida, no entanto, dividiu opiniões. A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) diz que a decisão viola a Constituição.