PF faz perícia em joias avaliadas em R$ 16 milhões que seriam para Michelle
A Polícia Federal analisa o primeiro pacote de joias que foi apreendido pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP). Elas seriam destinadas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O que aconteceu
As joias foram entregues pela Receita Federal na semana passada. Agora, os itens passam por uma análise da Polícia Federal, segundo apurou o UOL.
A PF deve analisar a autenticidade dos itens e dos diamantes, para depois elaborar um laudo com as conclusões.
Fazem parte desse pacote um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes da marca suíça Chopard, avaliados em R$ 16,5 milhões.
Em depoimento à PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que soube da existência das joias sauditas em dezembro de 2022, um ano após a apreensão pela Receita.
Delegados questionaram a origem dos objetos, quem teria entregado as joias e o destino final —se era para acervo pessoal do ex-presidente ou para o acervo da Presidência.
Hoje, o ex-secretário da Receita Federal Júlio César Vieira Gomes pediu demissão do cargo de auditor fiscal. Ele foi ouvido sobre o caso na semana passada.
A PF já havia ouvido o ex-ministro Bento Albuquerque por videoconferência em março. Bolsonaro disse que "nada foi escondido" nesse caso.
Quem está envolvido no caso?
O ex-ministro Bento Albuquerque foi o primeiro a tentar liberar as joias após o confisco, alegando se tratar de um presente para a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Mauro Cid emitiu um ofício com o brasão da República para pedir a liberação das joias apreendidas em Guarulhos, escalando ele mesmo para a empreitada. No documento, obtido pela GloboNews, Cid dizia que o estojo que continha os itens estaria no "acervo privado" de Bolsonaro. Segundo o Estadão, Cid vai implicar Bolsonaro nessa tentativa de reaver as joias.
Após envio do ofício e aconselhado por amigos, ele teria optado por repassar a missão de recuperar as joias a seu auxiliar, o sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva, que foi então pessoalmente a Guarulhos no dia seguinte.
Julio Cesar Vieira Gomes, então chefe da Receita, teria sido procurado por Bolsonaro e tentado forçar a liberação dos objetos. Ele teria inclusive participado da elaboração do ofício emitido por Mauro Cid em 28 de dezembro, orientando o ajudante de ordens sobre como redigir o texto endereçado a ele mesmo no intuito de liberar as joias apreendidas.
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