Lula se desculpa por relacionar violência e saúde mental: 'sigo aprendendo'
O presidente Lula se desculpou por ter relacionado transtornos mentais e violência nas escolas durante reunião com chefes dos três Poderes, governadores e prefeitos no Palácio do Planalto. A fala foi criticada e considerada preconceituosa.
O que aconteceu
Ao se desculpar, Lula declarou não ter vergonha de assumir que segue "aprendendo e buscando evoluir". Também disse estar disposto a fazer o possível para que "todos se sintam incluídos e respeitados".
Não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental. Não vamos mais reproduzir esse estereótipo. Tanto eu quanto nosso governo estamos abertos ao diálogo.
Lula
A retratação foi dirigida "toda a comunidade de pessoas com deficiência intelectual, com pessoas com questões relacionadas à saúde mental e com todos que foram atingidos de alguma maneira por minha fala".
O pedido de desculpas veio após assinatura de um acordo para criação de mecanismos que garantam boas práticas na promoção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência. Lula e sua equipe firmaram 13 pactos e memorandos de entendimento com Portugal, em áreas como educação, saúde, energia, turismo e outros.
O que Lula tinha dito?
Na semana passada, Lula disse que pessoas com transtorno mental têm "desequilíbrio de parafuso". O presidente se referia ao ataque em uma creche de Blumenau (SC) no início do mês, quando um homem entrou em uma escola particular e matou quatro crianças."
Sempre ouvi dizer que a Organização Mundial da Saúde sempre afirmou que a humanidade deve ter mais ou menos 15% de pessoas com problema de deficiência mental. Se esse número é verdadeiro, e você pega o Brasil com 220 milhões de habitantes, se você pegar 15% disso significa que temos quase 30 milhões de pessoas com problema de desequilíbrio de parafuso. Pode uma hora acontecer uma desgraça"
Lula, incluindo na lista o homem que fez o ataque em Santa Catarina
Lula também criticou os videogames ao dizer que ensinam a "molecada a matar". Ele que "não tem game falando de amor" e nem de educação.
Quando meu filho tem 4 anos e ele chora, o que eu faço para ele? Dou logo um tablet para ele brincar. Ensino logo um joguinho. Não tem jogo, não tem game falando de amor. Não tem game falando de educação. É game ensinando a molecada a matar. É cada vez muito mais mortos do que na 2ª Guerra Mundial. É só pegar o jogo da molecada, o meu filho, o filho de cada um de vocês", declarou o presidente em reunião, no Palácio do Planalto, sobre ações integradas de proteção nas escolas. Lula
O filho caçula de Lula rebateu a fala. No Twitter, Luis Claudio Lula da Silva disse que o pai "acabou generalizando": "Meu pai viu os filhos e os netos crescerem jogando videogame, ele sabe que isso não nos tornou violentos, ele fez uma declaração sobre um assunto polêmico ao vivo e acabou generalizando. Vídeo game é muito mais que violência, é arte, é lazer, é entretenimento"
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