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Dal Piva: Com joias, Michelle pode ser centro de investigações pela 1ª vez

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/04/2023 14h10

A colunista do UOL Juliana Dal Piva comentou no UOL News que o depoimento da funcionária do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Palácio do Planalto dizendo que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) chegou a receber em mãos uma caixa de joias enviada pela Arábia Saudita pode colocá-la no centro das investigações.

Essa servidora pode ter colocado Michelle como alvo de investigação. Tudo que Bolsonaro fez foi tentar tirar a Michelle [do caso]. A partir desse depoimento é de se acreditar que a Polícia Federal vai ter de intimar Michelle para se explicar".

A Michelle vai ter que explicar isso. Vai ser a 1ª vez que a Michelle será colocada no centro das investigações".

O que aconteceu?

De acordo com reportagem do Estado de São Paulo, Michelle recebeu em mãos o 2º pacote de joias árabes, que continha relógio, caneta, anel, abotoaduras e um rosário. A servidora afirmou que o kit foi entregue à esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 29 de novembro de 2022.

Depoimento desmente versão da ex-primeira-dama. Ela já afirmou não saber de joia nenhuma várias vezes, desde a descoberta que joias destinadas a ela foram retidas pela Receita. O Estadão afirma que procurou Michelle para um posicionamento e aguarda retorno.

Bolsonaro estava com o conjunto, mas devolveu após determinação do TCU. O Tribunal de Contas da União decidiu que o ex-presidente deveria retornar esse e quaisquer outros presentes de alto valor.

Estojo com joias oferecido pelo governo da Arábia Saudita a Bolsonaro que Michelle teria recebido em mãos - Reprodução/Receita Federal - Reprodução/Receita Federal
Segundo estojo com joias oferecido pelo governo da Arábia Saudita a Bolsonaro em outubro de 2021
Imagem: Reprodução/Receita Federal

Dal Piva: Quebra de tradição militar no GSI pode ser boa para despolitização dos militares

A colunista Juliana Dal Piva avalia ser positivo a discussão de um civil assumir o GSI.

É importante que o presidente da República também possa ser aconselhado por um núcleo de inteligência comandado por civis. Se esse comando passar a ser de um civil, vai ser uma quebra disso e pode ser boa".

Dal Piva explica que houve um processo de "politização muito grande" dentro dos órgãos do governo enquanto Jair Bolsonaro (PL) era presidente, incluindo o GSI.

Ao mesmo tempo em que há resquícios da ditadura militar nesses órgãos, a gente teve um processo de politização muito grande dentro das Forças Armadas e dentro do GSI no governo Bolsonaro".

As Forças Armadas são importantes para o Estado brasileiro, só que passaram por um processo de politização. Tinham vários militares no governo Bolsonaro que se engajaram politicamente".

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