Gonçalves Dias e Augusto Heleno são convocados pela CPI de 8/1 no DF
A CPI dos atos antidemocráticos, que corre na CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal), convocou os generais Marco Edson Gonçalves Dias e Augusto Heleno. Como se trata de convocação, e não convite, os ex-chefes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) têm que comparecer.
O que aconteceu:
Gonçalves Dias se demitiu do cargo no dia 19 deste mês, após imagens da depredação dos Três Poderes serem divulgadas. Na gravação, ele aparece andando pelo Palácio do Planalto e não dá voz de prisão ou ordens para seguranças impedirem a ação dos vândalos. Ele disse que chegou ao local quando os bolsonaristas já tinham rompido o bloqueio militar.
Augusto Heleno foi chamado pela CPI do DF em meados de março, mas não foi depor. Assim, a comissão decidiu transformar a solicitação em convocação.
O deputado Fábio Felix (PSOL), autor do requerimento inicial para levar Heleno, argumentou que o ex-ministro "foi citado várias vezes por alguns dos golpistas que são investigados como alguém que estimulou" atos antidemocráticos na capital.
Dias e Heleno foram convocados na condição de testemunha.
A CPI no DF investiga duas ocorrências em Brasília: a invasão à sede da Polícia Federal em 12 de dezembro de 2022 e a depredação da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro deste ano.
Uma CPMI (Comissão Mista de Inquérito) sobre 8 de janeiro foi iniciada no Congresso ontem, após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ler o requerimento para instaurar a comissão
A CPI no DF reprovou a convocação de Adriano Machado, fotógrafo da Agência Reuters que estava nos Três Poderes fazendo cobertura, mas aprovou também a convocação de:
- Ana Priscila Azevedo, apontada como uma das organizadoras dos atos golpistas.
- Marília Ferreira Alencar, ex-subsecretária de Inteligência da SSP (Secretaria de Segurança Pública) do DF.
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