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Defesa diz que dinheiro em espécie de Cid vem de salário e descarta delação

O então presidente Jair Bolsonaro (PL) com o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens - 24.fev.2021 - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
O então presidente Jair Bolsonaro (PL) com o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens Imagem: 24.fev.2021 - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

04/05/2023 15h12Atualizada em 04/05/2023 15h33

O dinheiro em espécie apreendido na casa do tenente-coronel Mauro Cid cliente era pagamento por missões no exterior, disse hoje seu advogado, Rodrigo Roca.

O que aconteceu:

A PF (Polícia Federal) encontrou US$ 35 mil em cofre na casa do militar; o valor equivale a cerca de R$ 175 mil.

Dólares vieram de trabalho, disse o advogado à GloboNews. "Esse dinheiro não vem de cueca ou mala, vem de trabalho. É fato conhecido que todo militar que faz missão no exterior tem em seu favor aberta uma conta bancária no Banco do Brasil em Miami. Lá são depositados os soldos, foi comprovado imediatamente. Essa verba sequer poderia ter sido apreendida."

Roca diz que Cid não fará delação premiada. "Não há o que ser delatado. Não há algo que esteja sendo escondido que possa servir como moeda de troca. Eu, em nenhuma hipótese, defenderia um delator. Não assessoro pessoas nessas condições", disse; o advogado abandonou a defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral quando ele decidiu pelo acordo.

Ele diz não ter tido acesso ainda ao processo, mas afirmou que "não há reparo a se fazer na conduta de Cid". "Passou da hora de querer decidir a sorte de uma pessoa com [base em] algo que aconteceu no último par de meses. O coronel Cid tem uma vida inteira dedicada ao serviço público, fala vários idiomas, é 01 de todo curso que faz", disse.

Não se pode enlamear a honra de uma pessoa por algo que foi aventado pela polícia e levado ao conhecimento de um ministro do STF."
Rodrigo Roca, advogado de Mauro Cid

Cid foi preso ontem pela PF (Polícia Federal) em operação que investiga um esquema de suposta fraude em comprovantes de vacinação contra covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele era ajudante de ordens de Bolsonaro.