'Três pede música', diz Dino sobre 3º registro falso de vacina de Bolsonaro
Questionado sobre a investigação da PF sobre um terceiro registro falso de vacina contra a covid do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inserido no sistema do SUS, o ministro Flávio Dino brincou que "se houver esta multiplicidade no fim, três já pede música".
O que aconteceu:
Dados de um certificado de vacinação que foi emitido de um computador do Palácio do Planalto, segundo a PF, apontam que Bolsonaro tomou duas doses da Pfizer, em agosto e outubro de 2022, mas essas vacinas não foram aplicadas. A imunização ocorreu em uma unidade de saúde de Duque de Caxias (RJ).
- Leia a íntegra do ofício da PF clicando aqui e aqui.
um terceiro registro indica que Bolsonaro teria recebido uma dose da Janssen em 19 de julho de 2021, na UBS Parque Peruche, na zona norte de SP. A informação foi repassada pela CGU à PF. Neste dia, porém, Bolsonaro estava em Brasília e a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo diz que não consta registro de atendimento a ele no local.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, explicou que a investigação focada no Rio de Janeiro teve origem na quebra de sigilo de um outro processo, quando foram identificadas conversas sobre a possível fraude da vacinação.
A partir daí, começamos essa investigação do Rio de Janeiro. Em determinado momento, a CGU também fez as suas apurações, como é do seu dever legal, e também informou à Polícia Federal que além dos casos do Rio de Janeiro, há pelo menos mais um caso de uma vacinação em São Paulo. São situações estanques [diferentes], que pese aparentemente envolver o mesmo grupo, e que agora o ministro da CGU está reunido com a PF para que a gente identifique a eventual conexão entre os casos
Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues
PF prendeu ex-ajudante e apreendeu celular de Bolsonaro
A PF deflagrou ontem uma operação que investiga a inclusão de dados falsos sobre vacinação contra covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A suspeita é de que Bolsonaro teria sido um dos beneficiados.
O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso. Além dele, mais cinco pessoas foram detidas, incluindo policiais militares e um coronel do Exército.
- Leia a íntegra da decisão de Moraes contra Bolsonaro clicando aqui.
Bolsonaro confirmou que o celular dele foi apreendido, se emocionou e chorou em entrevista após se negar a depor à PF: "E por que eu fico emocionado? Mexeu comigo, sem problema. Quando vai para esposa, para filhos, aí o negócio é desumano".
O ministro Alexandre de Moraes determinou um prazo de cinco dias para que a Polícia Federal colha depoimento dos profissionais de saúde que teriam vacinado o ex-presidente contra covid-19.
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