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Equipe militar vai à CPI do 8/1 no DF e convocação de generais vira convite

Os generais Heleno, Gonçalves Dias e Dutra - Folhapress/AFP/Exército
Os generais Heleno, Gonçalves Dias e Dutra Imagem: Folhapress/AFP/Exército

Do UOL, em São Paulo

11/05/2023 16h43Atualizada em 11/05/2023 16h52

A CPI dos atos antidemocráticos, que corre na Câmara Legislativa do Distrito Federal, transformou a convocação de três generais em convite, para que eles compareçam para depor sobre o que ocorreu nos dias 8 de janeiro e 12 de dezembro do ano passado —datas de depredações golpistas na capital federal.

O que aconteceu:

Os generais Augusto Heleno, Marco Edson Gonçalves Dias e Gustavo Henrique Dutra de Menezes haviam sido convocados, ou seja, eram obrigados a comparecer.

No entanto, o comandante do Exército enviou uma delegação militar para visitar a Comissão e foi solicitado que as convocações virassem convites. Convidados não são obrigados a comparecer.

"Sendo assim, ele [comandante do Exército] garantiria que esses generais estarão presentes nas reuniões", disse o presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT).

O depoimento de Heleno está previsto para o dia 1º de junho e o de Gonçalves Dias foi agendado para o dia 17 do mesmo mês, segundo o último calendário divulgado pela CLDF.

Quem são os generais?

Heleno: foi ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O general foi convidado pela CPI do DF em meados de março, mas não foi depor.

Gonçalves Dias: atuou como ministro do GSI até 19 de abril, quando se demitiu do cargo após imagens da depredação dos Três Poderes serem divulgadas. Na gravação, ele aparece andando pelo Palácio do Planalto e não dá voz de prisão ou ordens para seguranças impedirem a ação dos vândalos. Ele disse que chegou ao local quando os bolsonaristas já tinham rompido o bloqueio militar.

Dutra: era o responsável pela segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Em 23 de março, ele assumiu a 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército.