CGU: militares aposentados estão em esquema para fraudar cartões de vacina
O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinícius Marques de Carvalho, afirmou durante o UOL Entrevista que as investigações que competem ao órgão apontaram o envolvimento de militares aposentados do gabinete de Bolsonaro no esquema de fraudes de cartões de vacinação.
O caso gerou a prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, em uma operação da PF (Polícia Federal) que também cumpriu mandados de busca na casa do ex-presidente.
Nós já temos alguns militares aposentados que trabalhavam no gabinete do ex-presidente dentro desse contexto, que a CGU vai investigar, vai abrir processos disciplinares, para eventual responsabilização. No limite, eles podem perder a aposentadoria."
Durante a operação da PF, também foram detidos o PM Max Guilherme Machado de Moura, Sérgio Rocha Cordeiro e o secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha.
Entre os presos ainda estiveram o sargento Luís Marcos dos Reis e o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros.
Chefe da CGU diz que 'não é honesto' comparar Lula e Bolsonaro sobre LAI
Para Carvalho, "não é honesto" fazer comparações entre Lula e Bolsonaro sobre o cumprimento da LAI (Lei de Acesso à Informação).
Na avaliação dele, a União passou por um processo de "transição de cultura" em relação à transparência com a gestão do petista e a saída do ex-presidente.
Se cita muito o caso da festa de posse do presidente Lula no Itamaraty. Teve uma decisão de primeira instância não dando acesso com base no argumento de dados pessoais. A gente entende que esse argumento não servia para essa situação, e o ministro Mauro Vieira reviu a decisão em menos de uma semana, sem recurso. As pessoas usam esse argumento para dizer que o governo Lula faz o mesmo que o governo Bolsonaro, mas não é honesto esse tipo de comparação."
'Não pode ter agenda', afirma Carvalho sobre condenações da Lava Jato
O ministro da CGU também falou sobre as condenações da Lava Jato, ao ser questionado sobre a perda de mandato na Câmara do ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR).
Dallagnol foi cassado pelo TSE na última terça-feira (16) com base na Lei da Ficha Limpa.
Quando você tem um caso de corrupção e houve situações reconhecidas de que houve um caso relevante, você parte para a investigação e tem que tratar de uma forma muito serena. Você não pode ter agenda. Quando tem uma agenda, você acaba se desviando do seu trabalho, que é apurar os fatos."
Como efeito desse tipo de comportamento, o ministro avalia que muitas empresas brasileiras passaram por um processo de desgaste que, para ele, poderia ter sido evitado.
Isso não faz sentido em nenhum lugar do mundo. Você não vê empresas de outros países passando pelo que as empresas do Brasil passaram. Isso não era necessário para gerar um efeito pedagógico que uma pena precisa gerar."
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